João Araújo (empresário) Nota: Para para outros significados, veja João Araújo.
João Alfredo Rangel de Araújo[1] (Rio de Janeiro, 2 de julho de 1935 — Rio de Janeiro, 30 de novembro de 2013) foi um empresário e produtor musical brasileiro, responsável pela fundação da gravadora Som Livre. Pai do cantor e compositor Cazuza, foi responsável pelo surgimento de vários artistas de renome no cenário da música popular brasileira.[2][3] BiografiaPrimeiros passosComeçou na música aos 14 anos, após ser convidado por um cunhado para trabalhar na Copacabana Discos, como auxiliar de imprensa. Em seguida, foi para a Odeon (hoje EMI) e depois seguiu para a Philips (hoje Universal), se tornando diretor artístico e lá montou um elenco histórico, contratando artistas como Gal Costa, Caetano Veloso e Jorge Ben Jor, na época, ainda conhecido como Jorge Ben. Surgia o descobridor de talentos.[3] Som LivreFundou a gravadora das Organizações Globo, a Som Livre em 1969.[2][3] Ao longo de sua carreira na indústria fonográfica, foi o responsável por lançar artistas como Xuxa, Ronnie Von, Djavan, Emílio Santiago, Rita Lee, Gilberto Gil, Guilherme Arantes, Novos Baianos, Lulu Santos, Nara Leão, sua esposa Lucinha Araújo e seu filho Cazuza.[3] Deixou a gravadora depois de 38 anos no comando.[3] GrammyEm novembro de 2007, conquistou o Grammy Latino de "Contribuição à Música", na categoria produtor.[3]
Vida pessoalConheceu Lucinha Araújo enquanta passava férias em Vassouras.[4] Após quase cinco anos de namoro, eles se casaram em 16 de março de 1957 na Igreja de Santa Margarida Maria, no bairro da Lagoa, no Rio de Janeiro.[5] Em 4 de abril de 1958, nasceu o primeiro e único filho do casal, Agenor de Miranda Araújo Neto, apelidado como Cazuza.[6] Era bom apostador também no pôquer, uma de suas paixões. Tinha emoldurados, na sala de casa, os oito royal straight flush — sequência de dez ao ás, todas do mesmo naipe — que fez na vida. Um dos refúgios preferidos de Cazuza, a casa na Fazenda Inglesa, em Petrópolis, foi construída em um terreno ganho no jogo.[3] Foi representado por Reginaldo Faria no filme Cazuza – O Tempo não Para (2004). MorteMorreu em 30 de novembro de 2013 às 6 horas e 30 minutos, em casa, após sofrer um infarto.[3] Após a morte de João, sua viúva, Lucinha Araújo, descobriu que o marido havia deixado uma herança de R$20 milhões para um filho até então desconhecido, Carlos Augusto Filgueira Magioli, um capitão de fragata que procurou João em 2009 pedindo um exame de DNA para comprovar a paternidade. Após a confirmação do DNA, João incluiu Carlos como seu herdeiro no testamento. O segredo foi divulgado na imprensa em 14 de janeiro de 2020.[7] Referências
|