Jean-Daniel Colladon
Jean-Daniel Colladon (Genebra, 15 de dezembro de 1802 – Genebra, 30 de junho de 1893) foi um físico suíço e é uma figura de renome da ciência e indústria genebrina do século XIX. A mesmo tempo sábio e engenheiro, as suas descobertas e invenções tiveram várias aplicações práticas. Resumo da vida e obra«... Je suis né sous une heureuse étoile, et pendant ma vie j’ai pu voir bien des révolutions politiques et faire de nombreuses inventions ou découvertes....»[1]
A vida de Jean-Daniel Colladon pode dividir-se em períodos ou anos de estudo, como os exemplos que se seguem. Alguns dos objectos inventados ou empregues estão conservados no Musée d’histoire des sciences em Genebra.[3] TrabalhosElectricidadeDurante o período 1825-1826 que corresponde à sua estadia no Collège de France, em Paris, com o matemático genebrino Jacques Charles François Sturm, seguem uma formação em física e efectuam experiências fundamentais de magnetismo. Ele fabrica um novo galvanómetro muito mais sensível que os anteriores, e mais tarde apercebe-se ter passado a dois dedos da descoberta da indução como o declarará em Souvenirs et mémoires.[1] Velocidade do somDetermina com Jacques Charles François Sturm em 1826 no Lago Lemano, e pela primeira vez, a velocidade de 1 435 m/s do som na água. Esses resultados são enviados em conjunto á Académie des sciences em 1827, pelo que recebem em conjunto o Grande prémio,[4] que fazia parte de uma das propostas de concurso sobre: Compressão dos principais líquidos. Esta experiência seguiu os cálculos feitos por Pierre-Simon Laplace alguns anos em antes. Nas suas Souvenirs et mémoires explica como procedeu para produzir o som na água com a ajuda de um martelo e de uma bigorna parcialmente imersa e metendo simplesmente a cabeça dentro da água. A sucessão das experiências levam-os a utilizar um sino de 500 K da igreja de Lancy, que são feitas entre Rolle e Thonon-les-Bains sobre numa distância de cerca de 14 km e a utilizarem um género de disco parabólico para captar o som. A medida começa quando ambos vêem a luz produzida pelo explosão de um foguete.[1] Esta experiências dão-lhe ideais para sondar o fundo do mar por ecografia. Óptica, luz e jacto de águaAos 22 anos Colladon começa a sua carreira de inventor com a fabricação de um fotómetro no quadro de um concurso da Société des sciences et des arts de Lille e pelo que foi recompensado com o primeiro prémio com o melhor instrumento de medida da intensidade luminosa. Seguiu-se-lhe a invenção de uma fonte luminosa afim de ilustrar a iluminação de um jacto de água e as formas que toma ao sair por orifícios de diferentes dimensões. La lumière circule dans ce jet transparent, comme dans un canal, et en suit toutes les inflexions' e demonstra assim que a luz segue o jacto de água e não continua em linha recta contrariamente ao que se pensava até aí.[5] Essa descoberta vai ser utilizada pelo físico genebrino Auguste de la Rive nos cursos que dá na Universidade de Genebra. Barco a vaporInteressa-se pela mecânica das palas das rodas dos barcos vapor, pelo que constrói um barco com 2 m para variar o número da palas nas rodas motrizes. Não ganha o prémio tanto esperado, mas vê os barcos no rio Sena equiparem-se com o fruto dos seus resultados ("d’obtenir plus de douceur et d’uniformité dans la bonne marche d’un navire et une bonne économie pour l’emploi de la force motrice").[5] Iluminação públicaFoi na noite de 25 de Dezembro de 1844 que os habitantes de Genebra receberam um "luminoso presente de Natal" pois que 297 bicos a gás se acendem simultaneamente, na ponta do progresso, e iluminam as ruas da Genebra. Colladon chamou para o seu lado um antigo aluno de Paris que se havia tornado especialista do gás e em princípio foi nomeado responsável da construção da fábrica da Coulouvrenière onde se produziria o gás a partir da hulha, e em seguida veio a ser o e engenheiro-conselho da Société genevoise pour l’éclairage au gaz (SGEG).[5] Dessa época ainda restam os candeeiros públicos ao longo do cais do Monte Branco. Ar comprimidoQuando foi nomeado engenheiro da SEEG, Colladon aproveita para efectuar diferentes experiências sobre o gás e o seu transporte. Constatando que as perdas de pressão são menos importantes do que previsto, substitui o gás por ar e explora então uma nova forma de transmissão da força pelo ar comprimido. Por essa altura tem conhecimento que se prevê a construção de um túnel, o Túnel ferroviário do Monte Cenis e começa os contacto e demonstrações em 1857 em Etrembières na Alta-Sabóia. Só aquando da perfuração do Túnel ferroviário de São Gotardo em 1872 é que Louis Favre, o engenheiro-chefe, o chama como engenheiro-conselheiro encarregado do fornecimento do ar comprimido e perfuração pelo método que Colladon tinha acabado de brevetar, a perfuração por ar comprimido.[2][6] Granizo, trovões e trombas de águaFaz estudos aprofundados sobre estes três fenómenos meteorológicos que se vieram a constatar falsos em relação ao granizo. Bibliografia
Notas
Referências
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