André-Marie Ampère Nota: Para outros significados de Ampere, veja Ampere (desambiguação).
André-Marie Ampère (Lyon, 20 de janeiro de 1775 — Marselha, 10 de junho de 1836) foi um físico, filósofo, cientista e matemático francês que fez importantes contribuições para o estudo do eletromagnetismo.[1] BiografiaNasceu em Lyon, foi professor de análise na École Polytechnique de Paris e no Collège de France. O seu pai, Jean-Jacques Ampère, um abastado comerciante nessa cidade, tinha como objetivo principal garantir-lhe uma completa educação quando possível, inclusivamente uma formação religiosa sólida. Como não queria que o filho tivesse, uma carga adicional de preconceitos dos ensinamentos religiosos, decidiu ele próprio supervisionar essa educação, com ajuda de uma gigantesca biblioteca, que André, aos onze anos, já tinha lido inteiramente. Depois da biblioteca do lado paterno, o jovem, com 12 anos, já lidava com os principais teoremas da álgebra e da geometria, passou a estudar matemática, começando pela leitura das obras de Leonhard Euler e Jakob Bernoulli, tarefa complicada para o principiante, pois exige um conhecimento anterior sobre ramos bastante complexos da matemática. Além disso, Bernoulli escrevera as suas obras em latim, língua que André desconhecia. No tempo de duas semanas assimilou essa língua com o pai e, no mesmo período de tempo, obteve princípios de análise infinitesimal com o bibliotecário do colégio de Lyon. Assim, a exemplo de Pascal, com doze anos já podia redigir um tratado sobre as seções cónicas. Em 1814 foi eleito membro da Académie des Sciences. Ocupou-se com vários ramos do conhecimento humano, deixando obras de importância, principalmente no domínio da física e da matemática.[1] Partindo das experiências feitas pelo dinamarquês Hans Christian Ørsted sobre o efeito magnético da corrente elétrica, soube estruturar e criar a teoria que possibilitou a construção de um grande número de aparelhos eletromagnéticos. Além disso descobriu as leis que regem as atrações e repulsões das correntes elétricas entre si. Idealizou o galvanômetro, inventou o primeiro telégrafo elétrico e, em colaboração com Arago, o electroíman.[2] O seu filho Jean-Jacques Ampère (1800-1864) foi filólogo, erudito, viajante e historiador literário francês, o seu nome é em honra do pai de André. ObrasEntre suas obras, ele deixou por terminar Ensaio sobre a filosofia das Ciências, na qual iniciou a classificação do conhecimento do homem. Publicou Recueil d'Observations électro-dynamiques; La théorie des phénomènes électro-dynamiques; Précis de la théorie des phénomènes électro-dynamiques; Considérations sur la théorie mathématique du jeu; Essai sur la philosophie des sciences.[2] Homenagens"Newton da Eletricidade" foi a designação que James Clerk Maxwell deu em homenagem a André, foi dado o último nome ampère (símbolo: A) à unidade de medida do SI (Sistema Internacional) da intensidade de corrente elétrica.[1][2] Un museu sobre a história da eletricidade, o Museu Ampère, existe desde 1931 em Poleymieux-au-Mont-d'Or, a 15 km da cidade de Lyon (França), na casa da juventude do cientista.Recebeu o rótulo "Maisons des Illustres" (Casa Ilustre) em 2013.[3] No estado do Paraná (Brasil), um rio e uma cidade levam seu nome, com a grafia modificada adaptada ao português (rio Ampére e cidade de Ampére).[4] Escritos
Em inglês:
Referências
Bibliografia
Ligações externas
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