Intelig
A Intelig Telecom foi uma empresa de telecomunicações brasileira que atuou entre 2000 e 2010. HistóricoA Intelig foi criada em 1999 inicialmente como operadora de longa distância que atuava como espelho da operadora Embratel, em política que visava a fomentar a concorrência no mercado brasileiro de telecomunicações após a privatização do sistema Telebrás. A empresa foi criada pelo consórcio Bonari, formado por três multinacionais: National Grid (Grã-Bretanha), France Telecom (França) e Sprint (EUA), que detinham 50%, 25% e 25% da empresa, respectivamente, vencedoras do leilão de concessão da empresa-espelho da Embratel, pelo lance de R$ 55 milhões.[1][2] Com investimentos de R$ 2,8 bilhões, a Intelig Telecom começou a construir sua rede em 1999, antes mesmo de entrar em operação. Em dois anos, implementou sua rede de telecomunicações no país. [3] O nome da companhia foi escolhido em uma eleição por telefone, na qual três atrizes representavam as opções para o público votar: Letícia Spiller com o nome Unicom; Deborah Secco, com Intelig; e Adriane Galisteu com a marca Dialog. [1] Ao entrar em operação, em 23 de janeiro de 2000, a empresa trouxe, pela primeira vez ao país, a concorrência na área de telefonia de longa distância nacional e internacional. Em 23 de novembro do mesmo ano, apresentou seu portfólio de soluções para o mercado corporativo. [3] Em 2002, os sócios puseram a Intelig à venda por falta de interesse dos sócios.[4][5][6] A empresa entrou no mercado de telefonia local em setembro de 2003 e passou a se chamar Intelig Telecom. Em 2005, lançou o provedor de internet grátis InteligWeb.[3] No ano de 2006, com rede 100% digital, a empresa possuía 15 mil quilômetros de rede de fibra ótica própria instalados por todo o Brasil, além de nove centrais telefônicas, 10 estações satelitais, conexão às grandes redes internacionais e capacidade nos principais sistemas de cabos submarinos, como o AmericasII, Globenet, Global Crossing e o Atlantis2.[7] Em janeiro de 2008, o Grupo Docas, do empresário Nelson Tanure, anunciou ter celebrado um contrato para a aquisição da Intelig, tendo a operação sido aprovada pela Anatel em 31 de julho de 2008. Segundo o comunicado do Grupo Docas, a Intelig tem um faturamento anual de aproximadamente R$ 740 milhões e possui mais de 3 milhões de usuários mensais por meio do código 23 e 2 milhões de clientes corporativos, incluindo 94 das 500 mais importantes corporações nacionais.[3] Em 2009, foi eleita pelo Great Place to Work Institute (GPTW) como uma das cem melhores empresas para se trabalhar no Brasil.[8] No ano de 2009, foi comprada pela operadora ítalo-brasileira TIM, juntando os dois códigos: 23 e 41, com o ímpeto de concorrer principalmente com a nacional Oi, que usava os códigos 31 e 14 (antiga Brasil Telecom), além da Embratel/Claro, Vivo/Telefónica/GVT e Nextel, todas multinacionais. Com a aquisição, esperava-se uma economia expressiva de custos com o aluguel de redes de empresas. Além do pagamento em ações ordinárias e preferenciais da TIM à Docas, a operadora de celular assumiu cerca de US$ 70 milhões da dívida financeira da Intelig. Em dezembro, a Intelig foi incorporada pela TIM. [9][10][11] A empresa era sediada no Rio de Janeiro, no mesmo prédio da sede da Coca-Cola Brasil. A Intelig Telecom possuía, ainda, escritórios regionais nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná e no Distrito Federal. OperaçãoCom a abertura do mercado de longa distância em 2002, e o incremento na concorrência, a empresa ampliou seu portfólio de produtos, passando a oferecer serviços de dados (VPN, DIP, ATM, entre outros), ligações locais e de hubbing para outras empresas de telecomunicações. Seu foco era o mercado corporativo, para o qual a empresa oferecia soluções de telefonia e de comunicação de dados. A Intelig Telecom operava serviços de longa distância nacional e internacional através do CSP (código de seleção de prestadora) 23. InteligWebA exemplo de outras operadoras, a Intelig Telecom entrou no mercado de provedores de acesso, oferecendo o serviço de acesso discado gratuitamente com a marca InteligWeb. Com a InteligWeb, o tempo de conexão virava Piiis! e os Piiis! virvaam bônus que valiam como dinheiro: para cada hora de conexão, acumulavam-se até R$ 0,45 (0,45 Piiis!). O provedor oferecia a seus usuários a possibilidade de comprar produtos com os seus créditos ganhos no programa de afiliação, em lojas associadas ao programa, como as Lojas Americanas, o Carrefour, o Pão de Açucar e o Submarino. Além disso, oferecia serviços de correio eletronico, fotolog e HD virtual de até 1Gb. A InteligWeb enviou mensagem de correio eletrônico a todos seus usuários em 24 de agosto de 2010, informando que naquela data terminaria a conexão simultânea nos seus provedores. No primeiro semestre de 2012, a empresa descontinuou sem aviso prévio os seus serviços de e-mail e disco virtuais, encerrando definitivamente suas operações. InteligFastA Intelig também fornecia em São Paulo o acesso à Internet de banda larga nas velocidades de 5 Mbps, 10 Mbps e 15 Mbps, utilizando a tecnologia de rede elétrica (PLC).[12][13][14] Referências
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