Pesquisa, proteção da memória, difusão do conhecimento sobre história e geografia nacional, regional ou local, constituição e proteção de acervos históricos
Os institutos históricos e geográficos do Brasil foram as principais instituições brasileiras de pesquisa, memória, difusão do conhecimento sobre história e geografia do país, constituição e proteção de acervos históricos anteriores à criação das universidades, arquivos históricos, institutos de pesquisa e periódicos científicos no século XX. Sucederam as academias literárias e científicas que existiram no Brasil no século XVIII (como a Academia Brasílica dos Esquecidos, a Academia Brasílica dos Renascidos e a Academia Científica do Rio de Janeiro) e primeira metade do século XIX (algumas das quais tiveram a finalidade de construir histórias da América Portuguesa) e somaram-se às sociedades científicas fundadas no Brasil no século XX.[1][2][3]
A partir do século XX, passaram a coexistir, no Brasil, academias e sociedades científicas, institutos históricos e geográficos, universidades e institutos de pesquisa, além de muitas outras instituições dedicadas à ciência, arte e cultura. Os institutos históricos e geográficos do Brasil possuem grande importância na preservação e estudo das memórias e das culturas locais e vários deles são responsáveis pela manutenção de publicações, bibliotecas, arquivos e museus abertos ao público (físicos e/ou virtuais), somando-se às universidades e outras instituições nessa tarefa.
A partir de então surgiram, no Brasil, dezenas de institutos históricos e geográficos, representando províncias/estados ou municípios, além de instituições congêneres relacionadas à história, geografia, genealogia e cultura Ao longo do século XX, com o surgimento das universidades e instituições governamentais de pesquisa, esses institutos perderam a exclusividade do conhecimento e da pesquisa nessas áreas, porém tornaram-se importantes instituições de pesquisa, memória e difusão do conhecimento sobre história e geografia de municípios e estados brasileiros, vários deles responsáveis pela manutenção de publicações, bibliotecas, arquivos e museus (físicos e/ou virtuais) abertos ao público, somando-se às universidades nessa tarefa.
A partir do século XX, passaram a coexistir, no Brasil, academias e sociedades científicas, institutos históricos e geográficos, universidades e institutos de pesquisa, além de muitas outras instituições dedicadas à ciência, arte e cultura.[1]
Os institutos históricos e geográficos continuaram se multiplicando no Brasil no século XXI (o mais recente é o Instituto Histórico e Geográfico de Garanhuns, fundado em 2012), porém já a partir do final do século XX, essas instituições passaram a ter maiores dificuldades em sua manutenção, por depender principalmente do seu patrimônio, da contribuição dos seus associados e do apoio de outras instituições, muitas vezes governamentais. Por isso, alguns sistemas de governo da atualidade estão criando formas de proteção aos institutos históricos e geográficos estaduais ou municipais, como é o caso do Estado de São Paulo, que aprovou a Lei Estadual nº 13.853, de 3 de dezembro de 2009,[5] que autoriza o Poder Executivo a conceder auxílio financeiro aos institutos históricos e geográficos do Estado.[6]
Sistema Nacional de Institutos Históricos
Existe uma mobilização de parte significativa dos institutos históricos e geográficos do Brasil, no sentido de criar uma rede de integração e colaboração, visando seu fortalecimento, desenvolvimento, compartilhamento de soluções e adaptação aos modos de vida no século XXI.[1] Destaca-se, nessa mobilização, a criação do Cadastro Nacional dos Institutos Históricos e do Cadastro Nacional de Pesquisadores Brasileiros Vinculados aos Institutos Históricos, aprovados no II Colóquio de Institutos Históricos Brasileiros (Rio de Janeiro, 2002), visando a criação do futuro Sistema Nacional de Institutos Históricos, conforme proposta do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.[7]
No Estatuto Social do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro consta, como um dos seus objetivos (Título I, Art. 2º, inciso d): “interagir com seus congêneres estaduais, para o desenvolvimento do Sistema Nacional de Institutos Históricos, criado pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro — IHGB, por ocasião do I Colóquio Nacional de Institutos Históricos (1998)”.[8]
O Colóquio de Institutos Históricos do Estado do Rio de Janeiro, tem como objetivo "reunir as instituições municipais fluminenses dedicadas ao estudo e a pesquisa da história no estado, fortalecendo assim, o Sistema Nacional de Institutos Históricos, coordenado pelo IHGB".[9] A iniciativa vem sendo seguida em outros estados: em Porto Alegre já foi realizado, em 2010, o I Encontro dos Institutos Históricos e Geográficos do Rio Grande do Sul, que reuniu as oito instituições dessa categoria no estado para discutir sua situação.[10]
Por outro lado, uma parte dos institutos históricos e geográficos do Brasil mantém-se isolada dos demais, atuando apenas localmente e evitando integrar-se aos modos de vida no século XXI, entre eles a comunicação e a internet, o que faz com que seja difícil encontrar informações sobre sua história e atuação, inviabilizando, em vários casos, até a localização de seu ano de fundação.[1]
Lista dos institutos históricos e geográficos do Brasil
A relação dos institutos históricos e geográficos do Brasil deste artigo foi inicialmente baseada na relação de institutos congêneres disponibilizada pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro,[11] complementada com aquelas indicadas pela Associação Brasileira de Pesquisadores de História e Genealogia,[12] pelo Cadastro Nacional de Entidades Custodiadoras de Acervos Arquivísticos[13] e outros.[14][15][16]
↑SÃO PAULO (Estado) (3 de dezembro de 2009). «Lei Estadual nº 13.853». www.al.sp.gov.br. Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Consultado em 3 de abril de 2019
↑Goiás, Instituto Histórico E. Geográfico De (11 de julho de 2010). «HISTÓRICO DO IHGG». Instituto Histórico e Geográfico de Goiás. Consultado em 1 de abril de 2019
↑Octubre, Corprensa Apartado 0819-05620 El Dorado Ave 12 de; Panamá, Hato Pintado; Panamá, República de. «La Academia Panameña de la Historia». La Prensa (em espanhol). Consultado em 9 de abril de 2019