Injeção eletrónicaA injeção eletrónica (português europeu) ou injeção eletrônica (português brasileiro) é um sistema de alimentação de combustível e gerenciamento eletrônico do motor de um veículo automotor - motor a combustão. Sua utilização em larga escala se deve à necessidade de as indústrias de automóveis reduzirem o índice de emissão de gases poluentes. Esse sistema permite um controle mais eficaz da mistura admitida pelo motor, mantendo-a mais próxima da mistura estequiométrica (mistura ar / combustível).[1] Isso se traduz em maior economia de combustível, já que o motor trabalha sempre com a mistura adequada, e também melhora o desempenho do motor, basta lembrar a injeção eletrônica depende a existência de um motor que possui circuito eletrônico de controle automotivo, visto que é um sistema automatizado. Tal economia e melhora do desempenho pode ser compreendida facilmente. A injeção eletrônica substituiu o carburador e trouxe maior fidedignidade, permitindo que o ar a ser misturado com o combustível seja melhor dosado, evitando afogamentos e também que a quantidade de combustível seja suficiente porém sem causar desperdícios para o motorista. Em outras palavras, a injeção eletrônica consegue adaptar a mistura de ar e combustível adequada para cada etapa ou ciclo de rotação do motor.[2] O sistema faz a leitura de diversos sensores espalhados em pontos estratégicos do motor, examina as informações e manda sinais para o módulo de controle (ECM), que envia comandos para diversos atuadores espalhados em pontos estratégicos do motor. Esse procedimento é efetuado varias vezes por minuto com base nos movimentos da cambota. Em média, cada verificação de sensores leva em torno de dois segundos. Tipos de injeçãoEm motores de combustação interna existem dois tipos de injeção de combustível: direta, e indireta, sendo essa dividida ainda em monoponto e multiponto. [3] Quando a injeção é feita diretamente na câmara de combustão, é chamada de injeção direta. Como permite maior controle da mistura ar-combustível, é mais eficiente que a indireta. Ela pode ocorrer no tempo de admissão ou de forma estratificada durante a contração (do cilindro).[3] Quando a injeção ocorre antes da câmara, em um duto de admissão, é chamada de injeção indireta. Se há apenas um injetor para todos cilindros, é chamada de monoponto. Quando há injetores separados para cada cilindro, é chamada de multiponto.[3] ComponentesEsse sistema possui vários componentes. O principal é a Central, onde ficam gravadas as informações do veículo e os seus parâmetros de fábrica, ela também realiza os cálculos programados para gerenciar o motor (alimentação e ignição). Os outros componentes podem ser divididos em dois gruposː Sensores e Atuadores. São componentes que captam informações para a central, transformando movimentos, pressões, e outros, em sinais elétricos para que a central possa analisar e decidir qual estratégia seguir.
AtuadoresOs atuadores são componentes responsáveis pela atuação física, mudando a dinâmica do sistema.
Módulo de ControleO módulo de controle do motor (Engine Control Module ou ECM) é o circuito eletrônico que controla a mistura de combustível, ponto de ignição, tempo de câmara de combustão variável e controle de emissões. Ele monitora constantemente o desempenho das emissões através da sua OBD (Onboard Diagnosis – Diagnóstico a Bordo) de programação e supervisiona o funcionamento da bomba de combustível, ventilador de arrefecimento do motor e sistema de carregamento. Ele também interage com o controlador de transmissão, ABS/tração/sistema de controle de estabilidade, o módulo de controle do corpo, o módulo de controle de temperatura e sistema anti-roubo. Os componentes eletrônicos dentro de um módulos de controle do motor são bastante robustos, mas às vezes podem apresentar falhas e curtos circuitos, que podem sobrecarregar e danificar o módulo, sendo necessário sua substituição.[4] ManutençãoNo Brasil, é comum se recomendar a limpeza dos injetores de forma preventiva, mas em geral não é uma operação necessária sem que se pesquise antes a origem de um eventual mal funcionamento do motor. Realisticamente, em nenhum manual de manutenção existe recomendação para que se execute essa limpeza de forma preventiva. Alguns fabricantes de veículos, em seus programas de manutenção periódica, chegam a classificar essa operação de limpeza como desnecessária. Nos casos raros em que precisa ser feita (por exemplo, em motores mais antigos com injetores de primeira geração, de meados dos anos 1990), a manutenção deve ser efetuada por um reparador capacitado. A injeção eletrônica está em constante evolução e possui componentes que manuseados de forma incorreta podem ser danificados. Nos automóveis que utilizam esse sistema, o proprietário deve optar pela manutenção preventiva, pois a manutenção corretiva é muito mais cara, em casos específicos. Um exemplo: se o filtro de combustível não for trocado no período correto ele pode causar a queima da bomba de combustível, um componente que custa cerca de 800% a mais do que o filtro (no Brasil, um filtro custa em torno de 25 reais, e uma bomba, 200). Para garantir um bom funcionamento do sistema e economizar leia o manual do automóvel e verifique as manutenções que devem ser efetuadas e o período correto para fazê-lo. Outra característica interessante da manutenção do sistema de injeção eletrônica é a possibilidade de realizar reparo automotivo através de um sistema de diagnóstico avançado, com uso de osciloscópio automotivo. Esse tipo de manutenção aufere maior acurácia diagnóstica, permitindo substituições pontuais de componentes danificados sem gastos desnecessários induzidos por erro humano. Ver tambémReferências
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