A imigração suíça no Brasil foi uma das primeiras a ocorrer no país. Os suíços foram um dos primeiros grupos de imigrantes europeus a se estabelecerem no Brasil, depois dos portugueses. [carece de fontes?]
Os primeiros imigrantes suíços chegaram ao Brasil entre 1819-1820, oriundos do cantão de Friburgo. Dom João VI batizou o lugar de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro. Eram ao todo 261 famílias, totalizando 1.682 imigrantes. Os colonos suíços foram atraídos para as serras do Rio de Janeiro pelo rei Dom João VI, com o intuito de povoar a região fluminense e europeizar a região das serras. Hoje seus descendentes são encontrados aos milhares por toda a serra fluminense, miscigenados com portugueses, negros, italianos.
No Paraná, os colonos suíços chegaram a partir de 1851, com o estabelecimento da colônia de Superagui no litoral paranaense, financiada pelo então cônsul suíço Carlos Perret Gentil.[1]
No Rio Grande do Sul, a imigração suíça teve início com o desembarque das primeiras famílias vindas do Cantão do Valais, em 1875, que tinham como destino a chamada Colônia Santa Maria da Soledade, hoje Carlos Barbosa.[2]
Não se sabe ao certo o número exato de quantos suíços imigraram para o Brasil, pois muitos deles eram contados como sendo alemães.[carece de fontes?]
História
Em 16 de maio de 1818 o Príncipe-Regente D. João VI, sentindo a necessidade de uma colonização planejada, a fim de promover e dilatar a civilização do Reino do Brasil, baixou um Decreto que autorizou o agente do Cantão de Friburgo, na Suíça, Sébastien-Nicolas Gachet, a estabelecer uma colônia de cem famílias suíças na Fazenda do Morro Queimado, no Distrito de Cantagalo, localidade de clima e características naturais parecidas às de seu país de origem. Entre 1819-1820 chegavam a Nova Friburgo 261 famílias de colonos suíços, 161 a mais do que havia sido combinado nos contratos, formando-se assim o núcleo inicial da povoação.
Essa mudança na quantidade de colonos ocorreu devido à fome e à miséria, resultado das guerras que assolavam o velho continente. A quantidade de pessoas insatisfeitas na Suíça era enorme, por isso, não foi difícil para Gachet convencer seus compatriotas a embarcarem rumo ao novo mundo. O número inicial de 100 famílias não foi cumprido, vieram muito mais pessoas do que havia sido combinado nos contratos, mais de 2000 suíços espremidos em sete veleiros. O resultado deste ato foi desastroso, cerca de 1/4 dos suíços morreriam durante a viagem, número comparado a dos navios negreiros.
Esse foi o primeiro movimento organizado, contratado pelo governo brasileiro, de imigrantes europeus a se estabelecerem no Brasil. O segundo movimento seria dos imigrantes alemães, cerca de 400, que também se estabeleceriam em Nova Friburgo no ano de 1824, vindo substituir muitos dos suíços que abandonaram seus lotes e se dispersaram por toda a região serrana e centro norte de estado do Rio de Janeiro em busca de terras férteis e mais acessíveis.
Navios
Relação de navios que trouxeram imigrantes suíços para Nova Friburgo.
Imigração suíça para o Brasil (1819-1820)
Navios
Passageiros
Saída (Holanda)
Chegada (Rio de Janeiro)
Dias
Mortos
Capitão
Chegada (Nova Friburgo)
Daphnée
197
11.9.1819
4.11.1819
55
31
Keller
15.11.1819
Delby-Elisa
233
12.9.1819
26.11.1819
76
25
Spragel
6.12.1819
Urania
437
12.9.1819
30.11.1819
80
107
Bock
11.12.1819
Elisabeth-Marie
228
10.10.1819
6.12.1819
59
19
Struyk
18.12.1819
Heureux-Voyage
442
10.10.1819
17.12.1819
64
43
Van der Cerer
27.12.1819
Deux-Catherine
357
12.9.1819
4.2.1820
146
77
Both
14.2.1820
Camillus
119
10.10.1819
8.2.1820
122
09
Tripensée
18.2.1820
Trajan
6
12.10.1819
out/1820
x
0
x
1.02.1820
Total : 2013 | Mortos : 311
Obs: O navio Trajan que a princípio traria só bagagens, acaba trazendo também alguns retardatários.