O termo vem sendo usado por alguns opositores do feminismo e do movimento LGBT para indicar a atitude agressiva de ativistas radicais em relação às normas sociais heterossexuais.[1] O ativista LGBT Peter Tatchell também já usou o termo para indicar pautas do próprio movimento, que segundo ele, eram discriminatórias em relação aos casais heterossexuais.[2]
Organizações LGBT, no entanto, argumentam que o termo "heterofobia" é desconexo da realidade e que seria o mesmo que falar em discriminação contra colonizadores, contra brancos ("racismo reverso"), ou contra quaisquer outros segmentos sociais historicamente opressores. Outro argumento é que grupos homofóbicos acabam por usar o termo para classificar as demandas por igualdade do movimento LGBT como algo dirigido contra os heterossexuais, o que cria um estigma adicional às pessoas LGBT.[3][4][5]
História
O termo apareceu no meio acadêmico pela primeira vez em 1990, no livro Kinsey, Sex and Fraud, de autoria de Judith A. Reisman, Edward Eichel, Gordon Muir e John Hugh Court, para descrever a atitude de negatividade em relação a heterossexualidade. Em 1998 o termo aparece pela primeira vez no título de um livro, em Heterophobia: Sexual Harassment and the Future of Feminism, de autoria de Daphne Patai,[6] para descrever, segundo a autora, a atitude de antimasculinidade e anti-heterossexualidade do movimento feminista contemporâneo.[7]
↑Raymond J. Noonan (6 de novembro de 1999). Heterophobia: The Evolution of an Idea. The Society for the Scientific Study of Sexuality (SSSS) and the American Association of Sex Educators, Counselors, and Therapists (AASECT). 1999 Joint Annual Meeting. Visitado em 26 de junho de 2015.