Jingoísmo também se refere à prática de advocacy, por um país, em favor do uso de ameaças ou de força, em detrimento de relações pacíficas, para proteger o que esse país entende como seu interesse nacional. Coloquialmente, o termo também pode referir-se ao viés apresentado quando se julga o próprio país como superior aos demais — um tipo extremo de nacionalismo. Nesse sentido, o nazismo e o excepcionalismo seriam formas de jingoísmo.
Etimologia
O termo surgiu, como rótulo político, em uma carta enviada pelo político radical britânico George Holyoake ao jornal Daily News, em 13 de março de 1878.[2]
Para criar o termo "jingoísmo", Holyoake inspirou-se na expressão "by Jingo", presente no refrão de uma canção de guerra composta por G. H. MacDermott e G. W. Hunt e muito popular nos pubs e music halls da Grã-Bretanha, na época da guerra russo-turca de 1877–1878.[3][4][5] A letra desse refrão era:
We don't want to fight but by Jingo if we do We've got the ships, we've got the men, we've got the money too We've fought the Bear before, and while we're Britons true The Russians shall not have Constantinople.[6]
A expressão by Jingo! ('por Jingo!') raramente aparece impressa, mas pode ser rastreada pelo menos até o século XVII. 'Jingo' é um claro eufemismo de Jesus,[7] e a expressão by Jingo! é atestada em 1694, numa edição inglesa das obras de François Rabelais, onde aparece como tradução do francês par Dieu! ("por Deus!").
Referências
↑Catherine Soanes (ed.), Compact Oxford English Dictionary for University and College Students. Oxford: Oxford University Press, 2006, p. 546.
↑Martin Ceadel, Semi-detached Idealists: The British Peace Movement and International Relations, 1854–1945 (Oxford University Press, 2000), p. 105.
↑Em português: "Nós não queremos lutar mas, por Jingo, se o fizermos, temos os navios, temos os homens, temos o dinheiro também. Já lutamos contra o Urso antes, e enquanto nós formos britânicos de verdade Os russos não terão Constantinopla."