Hebe Rôla
Hebe Maria Rôla Santos, ou simplesmente Hebe Rôla (Mariana, 23 de julho de 1931) é uma intelectual, professora, folclorista, patrocinadora cultural e escritora marianense. É membra da Academia Marianense de Letras, Ciências e Artes e professora emérita da Universidade Federal de Ouro Preto.[1] BiografiaHebe Maria Rôla Santos nasceu em 23 de julho de 1931, na cidade de Mariana, Minas Gerais. É a terceira filha de José de Carvalho Rôla, fazendeiro e filosofo formado pelo Seminário de Nossa Senhora da Boa Morte, e de Guiomar Marques Rôla, professora e pianista. Seu pai era de origem portuguesa e sua mãe de origem libanesa.[2] Ela nasceu em meio a uma tradicional família marianense, e seus pais estavam envolvidos na política local. Por isso, em sua casa ela convivia com um constante debate cultural e intelectual.[2] Casou-se em 1958 com Eli Casemiro Santos, natural da Barra Longa (MG). Juntos eles tiveram cinco filhos. Seu marido veio a falecer em 1986.[3] CarreiraFormou-se professora em 1949, pelo Colégio Providência. A instituição foi a primeira escola feminina de Minas Gerais, fundada em 1849. Em 1982 ela se formou em Língua Portuguesa, em Língua Francesa e se especializou em leitura e produção de textos, pela Pontifica Universidade Católica de Minas Gerais.[2] Começou a sua carreira na docência em 1950 no Colégio Providência. Posteriormente foi professora pela Escola Estadual do Distrito do Bandeirantes. Em 1966 ela tornou-se professora da Escola Estadual Dom Silvério, escola fundada por ela, em uma ação conjunta a Dom Oscar de Oliveira. Atuou, também, na Escola Estadual Benjamim Guimarães, sendo diretora pela instituição.[2][3] Assumiu cargos na Pontifica Universidade Católica de Minas Gerais e na Universidade Federal de Ouro Preto, sendo vice-diretora do Instituto de Ciências Humanas e Sociais pela instituição. Ela se aposentou da UFOP em 2001, recebendo o título de professora emérita em 12 de abril de 2002. Ela ainda atua na instituição com diversos projetos de extensão. Entre esses podemos citar: "Contadores de Causos e Histórias"; "Toques e Repiques"; "Vivências e Processos Mnemônicos na Terceira Idade"; "Projeto Língua Portuguesa Através da Música e da Contação de Histórias", desenvolvido em escolas estaduais e municipais. Ela também é idealizadora da Academia Infanto-juvenil de Letras e Artes de Mariana, um projeto que que tem por objetivo trabalhar a leitura, a produção de textos e a prática da argumentação com crianças e adolescentes da cidade. É também criadora do projeto "Cantando Alphonsus",[4] divulgando o principal escritor da cidade, Alphonsus de Guimaraens (1870 - 1921).[2][3] Todos esses projetos dizem respeito a sua atuação, de mais de 70 anos, como propagadora da cultura marianense. Sendo membro da Academia Marianense de Letras, Ciências e Artes. Ela foi, inclusive, a primeira mulher a presidir a instituição, em 2017. É autora de diversos livros, a maioria de caráter infanto-juvenil, e pesquisadora da linguagem dos sinos e da cultura popular mineira. Entre seus livros podemos citar "Bem-te-sino" (2004) e "Chitarô, cadê o gato?" (2012). Também é autora de dezenas de contos, poemas e ensaios. Ademais, é membra da Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais,[5] da Academia de Letras, Artes e Ciências Brasil - Mariana e do Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais de Minas Gerais. E é Embaixadora Universal da Paz pelo Círculo Universal dos Embaixadores da Paz, entidade ligada à Organização das Nações Unidas (ONU).[6][7][8] HomenagensPor sua atuação ela foi homenageada no livro "Hebe Rôla – 90 anos de vida / 75 anos dedicados à Educação e à Cultura Marianense", lançado pela Casa de Cultura de Mariana.[9] Também recebeu a medalha do dia de Minas, pelo Governo de Minas Gerais; a Comenda Padre Avelar, pela Câmara Municipal de Mariana; a Medalha Cláudio Manoel da Costa, pelo Centro de Ensino Federal Tecnológico de Ouro Preto; a Comenda Irmã Dulce, pelo Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais na Confederação das Academias de Letras e Artes do Brasil; e a Comenda Dom Luciano, pelo Centro Cultural Arquidiocesano Dom Frei Manoel da Cruz.[10][2][3] Referências
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