Praça Gomes Freire (Mariana)A Praça Gomes Freire, também conhecida como Jardim de Mariana, localiza-se no centro histórico de Mariana, Minas Gerais. A praça possui um coreto, um lago artificial, uma fonte, que remonta ao século XVIII, e é cercada por diversos casarios históricos.[1] É um ponto de referência para a população e para os turistas que visitam a cidade. É também frequentado pela população universitária dos campus marianenses Instituto de Ciências Humanas e Sociais e Instituto de Ciências Sociais Aplicadas, da Universidade Federal de Ouro Preto.[2] Possui restaurantes, bares, clubes e lanchonetes.[1][3] O seu nome é uma homenagem ao médico e político Gomes Henrique Freire de Andrade. Um busto comprova a homenagem.[1] HistóriaA região da atual Praça Gomes Freire, já teve diversas funções. Anteriormente era utilizada como Quartel dos Dragões do Conde de Assumar. Porteriormente passou a denominar-se Largo da Cavalhada e Largo do Rodio. Era utilizada constantemente para cavalgadas, touradas e festas religiosas. A região era composta por um descampado, com um bebedouro de cavalos, datado de 1747.[4][5] A praça foi construida em 1892. O seu traçado é do engenheiro João Baptista Bembi, e naquele contexto recebeu o nome de Praça da Independência. Nesse período, houve o ajardinamento da praça. Entre 1920 e 1930 ocorreram diversas reformas, com a construção do muro e de calçadas rodeando-a, e a construção de um coreto. A praça foi renomeada como Jardim Municipal.[6] O seu nome atual advêm de 1945, quando Mariana foi tombada como cidade monumento. É uma homenagem ao médico e político Gomes Henrique Freire de Andrade (1865 - 1938), que foi presidente da Câmara de Mariana.[7] Mesmo com reformas sucessivas, e tendo adotado estilos variados recebendo lago, ponte, coreto, jardins e canteiros geométricos[7], conserva sua forma desde do começo do século XX.[6] Descobertas arqueológicasEntre 2019 e 2022 foram realizadas diversas obras de revitalização da Praça Gomes Freire.[8] Durante essas reformas foram encontrados diversos fragmentos históricos do século XVIII, esses achados vão de louças, vidros, tinteiros, cravos de ferro e moedas, ou seja, objetos cotidianos, até cachimbos de cerâmica, objetos religiosos de matriz africana e búzios, que dizem respeito a heranças africanas importadas com a escravidão.[9][10] Contato e conflitoA praça Gomes Freire é frequentada por diferentes grupos sociais: perifericos e centrais, negros, brancos, artistas de rua, religiosos, hippies, boêmios, vendedores ambulantes, mulheres, crianças e idosos. Justamente por isso é também um lugar de contanto e constante conflito. Essa caracteristica demonstra os diferentes usos do espaço, e reforçam a sua pluralidade. Essa pluralidade, todavia, muitas vezes não é aceita, e parte dos que utilizam o espaço são vistos como desordeiros e invasores.[2] No artigo "De quem é a praça Gomes Freire", os autores discutem essa questão, afirmando:
Referências
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