Guardiões do Estado
Guardiões do Estado ou na sigla (G.D.E) é como é conhecida uma facção criminosa originária da cidade de Fortaleza. A G.D.E. é a maior facção do estado do Ceará. Considerada a segunda maior nos presídios e á maior nas ruas do estado. Dentre os atos de maior repercussão da G.D.E está a série de atentados a ônibus e órgãos públicos na Grande Fortaleza em abril de 2017 Das facções, apenas a GDE deu ordens para os ataques ao todo, entre 19 e 22 daquele mês, foram 34 ataques a equipamentos públicos registrados na Grande Fortaleza e no município de Itapiúna, sendo 22 ônibus incendiados e quatro delegacias, dois bancos, seis carros de concessionários do Estado e a antiga sede da Guarda Municipal de Fortaleza atacados.[4] Em 2017, a facção que antes era "neutra", decide se aliar ao Primeiro Comando da Capital, e ao Bonde dos 40 fazendo assim a linha de frente contra o Comando Vermelho, em todo o estado do Ceará.[5] Porém, a G.D.E deixa a aliança com o PCC após um golpe na liderança da comunidade do Sossego na capital cearense, Fortaleza. Então, a G.D.E continua sua aliança com o Terceiro Comando Puro, se mantendo forte em todo o Ceará. CaracterísticasExistem poucas informações divulgadas sobre a facção[6] e muitas delas são conflitantes. Há quem garanta,[quem?] por exemplo, que sua fundação se deu em meados de 2012,[6] enquanto outras fontes[quais?] apontam 2006 como o ano de início do grupo.[7] Mas o fundamento confirmado é no dia 1 de Janeiro de 2016, na comunidade do Conjunto Palmeiras, tem vários lideres em várias cidades, a facção tem vários conselheiros que pertencem a Alta Cúpula, e o maior escalão na hierarquia é a Sétima Coluna ou a Sintonia Final (STF, como é chamado). O Ministério Público do Estado do Ceará já teria identificado pelo menos três dessas lideranças, que seriam internos do Complexo Penitenciário de Itaitinga.[8] De acordo com o portal Tribuna do Ceará, uma dessas lideranças é Daniel Júnior dos Santos Silva, mais conhecido como “Júnior Play”.[8] Mesmo preso em uma Casa de Privação Provisória de Liberdade (CPPL), ele coordenaria uma quadrilha que atuava na região da comunidade do Serviluz[8]. Ele seria, inclusive, um dos principais articuladores de um processo de “pacificação” no bairro Vicente Pinzón[8]. A ausência de cobrança de mensalidades, como faz, por exemplo o Primeiro Comando da Capital, é apontada como um dos trunfos da facção no recrutamento de novos membros.[6] Outras fontes,[quais?] no entanto, afirmam existir sim tal cobrança, mas que ela não estaria consolidada.[8] De fato, em um estatuto atribuído à facção,[8] obtido pela imprensa, é estipulada a obrigação de pagamento de certa quantia mensal. Em declaração a veículos jornalísticos,[8] o coordenador do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado, do MPCE, Manoel Epaminondas afirmou que a GDE ainda está em processo de consolidação de uma estrutura, que é o que, segundo ele, permite a estipulação das caixinhas e o fortalecimento de um órgão que gerencie a facção. "'Não é uma estrutura hierarquizada como tem o PCC [Primeiro Comando da Capital] e o Comando Vermelho [CV]', diz. Atualmente, a GDE tem como grande trunfo permitir mais facilmente a troca de integrantes de diversas quadrilhas, afirma Epaminondas", noticiou o portal Tribuna do Ceará. "A facção é nova e formada por gente nova e inconsequente. Até no crime, com o tempo as pessoas vão criando um discernimento, um cuidado que os integrantes da GDE ainda não tem. Em sua maioria são adolescentes e adultos jovens, que não tiveram acesso a educação e a outros serviços básicos", disse um servidor da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS-CE) não identificado em reportagem do jornal Diário do Nordeste.[9] Em março de 2016, uma fonte da SSPDS, que teve a identidade preservada, havia dito ao jornal que a facção não era organizada o suficiente para a prática de grandes crimes ou a pacificação de gangues rivais.[10] A maior influência da Guardiões do Estado estaria na região que cerca o bairro Conjunto Palmeiras, em Fortaleza. Também estariam sob influência da quadrilha os bairros Aerolândia, Serviluz, Complexo do Vicente Pinzón, Edson Queiroz, Praia do Futuro, e e Vila Velha. Em Caucaia, a G.D.E teria presença no Parque Leblon.[6] Também foi registrada a presença da facção nos bairros Barroso, Presidente Vargas, a comunidade da Vertical a comunidade da Babilônia, no Parque Dois Irmãos, no Pici, e nas cidades de Crato, Juazeiro do Norte,[11] Iguatu, Baturité, Maracanaú, Aratuba, Capistrano e Itapiúna[8],. Atualmente, a G.D.E mantém pacto com o PCC, segundo fontes policiais contaram à imprensa.[6][9] A facção também teria mantido um pacto com o Comando Vermelho, mas já quebrado — o que é apontado como uma das razões para os atentados a ônibus registrados em abril de 2017 em Fortaleza. No dia 19 de abril de 2017, 360 detentos que fariam parte da G.D.E foram transferidos da Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor Clodoaldo Pinto (CPPL II), em Itaitinga, e da Unidade Prisional Adalberto Barros de Oliveira Leal, conhecida como Carrapicho, em Caucaia.[12] A motivação seria a animosidade tida entre os membros da G.D.E e os do CV. No mesmo dia, ônibus começaram a ser incendiados em Fortaleza e Região Metropolitana. No local dos ataques, bilhetes em nome da G.D.E foram deixados. Em alguns deles, era exigida a separação dos integrantes do CV e da G.D.E.[13] No entanto, as transferências foram vistas com maus olhos pela G.D.E, por significar perda de influência nas unidades[14] O presidente do Conselho Penitenciário do Ceará, o advogado Cláudio Justa, afirma ter percebido que as principais razões para os atentados estão fora do sistema penitenciário. A disputa por pontos de venda de drogas entre G.D.E e Comando Vermelho estaria por trás de uma "escalada da tensão" nos presídios cearenses. Os atentados, afirma Cláudio Justa, foram "demonstrações de força" da Guardiões do Estado não só para as outras facções criminosas, mas, também, para o Estado.[13] O conflito entre as facções é apontado como uma das causas para o aumento no número de homicídios ocorrido a partir de 2017.[15] O confronto GDE x CV teria provocado várias chacinas, como as ocorridas em Aquiraz e Horizonte, que deixaram, juntas, 11 mortos.[5] Referências
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