Grande muralha verdeA Grande Muralha Verde, ou Iniciativa para a Grande Muralha Verde do Sáara e o Sahel, (em francês: Grande Muraille Verte pour le Sahara et le Sahel), é a iniciativa insígnia na África para combater os efeitos da mudança climática e a desertificação. Liderada pela União Africana, esta iniciativa tenta transformar a vida de milhões de pessoas criando um grande mosaico de paisagens verdes e produtivos cobrindo África do Norte, o Sahel e o Corno de África.[1] A iniciativa é uma proposta de linha de árvores de 8.000 quilômetros destinada a impedir o Saara de se expandir para o sul.[2] Partindo da ideia inicial de uma linha de árvores que atravessasse o deserto de leste a oeste, a visão da Grande Muralha Verde tem evoluído para um mosaico de intervenções dirigidas aos reptos aos que se enfrentam as populações do Sáara e o Sahel. Considerada uma ferramenta de planejamento para o desenvolvimento rural, o objectivo geral desta sociedade sub-regional é fortalecer a resiliência dos habitantes e os ecossistemas mediante o uso de práticas sólidas de gestão de ecossistemas, a protecção do património rural, e a melhora das condições de vida das populações locais.[3] Mediante uma melhora nos rendimentos das comunidades locais, a Iniciativa para a Grande Muralha Verde do Sáara e o Sahel será também uma resposta global ao efeito combinado da degradação dos recursos naturais e a seca nas zonas rurais. A Iniciativa é uma associação que apoia o esforço das comunidades locais no uso e gestão sustentáveis dos bosques, pasturas e outros recursos naturais nas terras secas. Assim mesmo, contribui à adaptação e mitigação dos efeitos da mudança climática, melhorando ao mesmo tempo a segurança alimentar no Sáara e o Sahel.[4] De acordo com as simulações, até 2030, o projeto pretende plantar 100 milhões de hectares de árvores ao longo do Sahel, a zona semiárida que reveste o limite sul do deserto. Essa linha de árvores concluída poderia tanto quanto dobrar as chuvas no Sahel e também diminuir as temperaturas médias de verão em grande parte do norte da África e no Mediterrâneo.[2] ApresentaçãoUma cobertura florestal contribui com numerosos elementos positivos para a população:
Para contrarrestar dois grandes problemas da região do Sáara, e particularmente do Sahel, um ecológico — a desertificação e a degradação das terras — e outro económico — causado pelo êxodo rural e a pobreza das populações envolvidas — onze países da região (Burkina Faso, Yibuti, Eritreia, Etiópia, Mali, Mauritânia, Níger, Nigéria, Senegal, Sudão e Chade) comprometeram-se a lutar contra o avanço do deserto, unindo para este fim na sétima cimeira de chefes de Estado do CEN-SAD (Comunidade dos Estados Sahelo-saarianos) o 1 e 2 de junho de 2005 em Ouagadougou mais de 3 milhões de árvores já foram plantadas.[5] Mais que um projecto técnico tem de se considerar uma iniciativa política levada adiante por um grupo de países assolados pela falta de água, que procura acordar o interesse nos povoadores e mudar sua forma de pensar, impulsionando práticas agrícolas que freiem a erosão.[6] A iniciativa continua as ideias inspiradas pela Prêmio Nobel da Paz Wangari Maathai. Ver também
Referências
Ligações externas
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