Geni e o Zepelim
"Geni e o Zepelim" é uma canção brasileira, composta e cantada por Chico Buarque[1][2] Esta canção fez parte do musical Ópera do Malandro, do mesmo autor, lançado em 1978, do álbum, de 1979, e do filme, de 1986, todos com o mesmo nome. A letra descreve, em versos heptassílabos metrificados e rimados, a longa história que define o episódio ocorrido com Geni, uma meretriz (segundo representado na "Ópera do Malandro"), que era hostilizada na cidade. Diante de uma ameaça de ataque de um Zepelim, o comandante se encanta com os dotes de Geni, que acaba sendo provisoriamente tratada de um modo diferenciado pelos seus detratores. Passada a ameaça, ela retorna ao seu cotidiano comum, no qual as pessoas a ofendiam e a excluíam, revelando o caráter falso-moralista e hipócrita da sociedade. A canção teve tal relevância que o refrão Joga pedra na Geni transformou-se em uma espécie de bordão, indicando como Geni pessoas ou até mesmo conceitos que, em determinadas circunstâncias políticas, tornam-se alvo de execração pública, ainda que de forma transitória ou volátil.[3] O espetáculoO texto, baseado na Ópera dos Mendigos de John Gay (de 1918) e na Ópera dos Três Vinténs, de Bertolt Brecht e Kurt Weill (de 1928), é ambientado num bordel e retrata a malandragem brasileira, em espetáculo musical.[4] InspiraçãoA canção é uma adaptação da Pirate Jenny, presente peça na Ópera dos Três Vinténs. Na canção original Jenny sonha com a chegada de um navio pirata com 50 canhões que vai destruir toda a cidade, e leva-lá embora. Algumas fontes indicam que a personagem Geni teria sido inspirada naquela de mesmo nome da peça Toda Nudez Será Castigada, de Nelson Rodrigues, lançada em 1965.[5][6] Significado e análise literáriaVárias fontes indicam que a canção é uma crítica ao colonialismo (ou imperialismo) e ao capitalismo, sendo a personagem uma representação do oprimido.[7]
CantoresCantam Geni e o Zepelim, além do próprio Chico Buarque:
Referências
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