Os dois últimos Gabinetes liberais tiveram vida muito curta: 84 dias o presidido por Macaé (8 de março a 31 de maio de 1848), 122 dias o presidido por Francisco de Paula Sousa e Melo (31 de maio a 29 de setembro de 1848). Os liberais não se entendiam na Câmara, como se verificava já no gabinete anterior, presidido por Alves Branco, quando, além das dificuldades entre a Câmara e o Ministério, havia o fato de que Presidentes de Província não obedeciam ao Ministério. Faltavam decisão e unidade aos liberais: o Gabinete Macaé teve vida curta, minado pelos correligionários, como se dará também com o de Paula Sousa. Era evidente que o Imperador precisava apelar para os conservadores, uma vez que não podia mais compor-se com a situação dominante, pela diversidade de vistas e choques dentro dela.
Sem dúvida que devo nesta discussão ter em vista que as despesas do serviço público correspondam ao nosso estado financeiro; mas também devo exigir todas aquelas medidas necessárias para defesa da honra e dignidade nacional, e sustentação da ordem e tranquilidade pública. Levado deste princípio, limitar-me-ei a fazer algumas reflexões sobre as diferentes verbas do orçamento.
O gabinete apresentou o seguinte programa de governo[4]:
Declarar incompatibilidade da eleição de funcionários públicos onde exercerem jurisdição ou autoridade.