A palavra neuter, usado em inglês para o gênero gramatical neutro, difere de gender-neutral ou neutral gender, que refere-se ao lexemaadjetivo gênero-neutro, que tem significado de ser neutro de gênero ou neutro em gênero.[6]Neuter é algumas vezes traduzido como assexuado,[7] sendo assexuadas também usado na linguística para palavras sem gênero natural, cujo gênero não apresenta marcação gramatical.[8] O termo "gênero neutro", mais recentemente, vem sido usado também para designar a linguagem neutra por neologismos.[9]
Muitas palavras, que já eram neutras de gênero, acabam passando por feminilização, por exemplo, em "chefe" versus "chefa", na qual chefe transforma-se numa palavra associada ao gênero masculino.[16]
Algumas palavras invariáveis em gênero são naturalmente epicenas ou sobrecomuns, como por exemplo, em "animal", "pessoa", "indivíduo" e "ser", sem precisarem de um neologismo para serem neutras (agenerizadas/agenerificadas ou desgenerizadas/desgenerificadas). Há também substantivos de gênero vacilante, que é o caso de "moral" e "capital".[17] Semelhantemente, em castelhano classificam-se como de género ambíguo.[18]
As propostas de neolinguagem de gênero também trazem um desvencilhamento para com os gêneros gramaticais e naturais, o que leva alguns ativistas pela causa de pronome neutro a advogar pelo estabelecimento oficial do gênero neutro, como por exemplo, nos sistemas elu e ilu,[19][20] que baseiam-se no pronome neutro do latimillud (nom. n. sing.).[21][22] Há outros neopronomes além desses, como "elx" e "el@", com neolinguagens específicas e flexão de gênero seletiva, sem um sistema pronominal estabelecido,[23] porém não é possível afirmar até que ponto eles são uma visibilização ambiguamente unicizada das binaridadesendossexos ou uma neutralidade monólita para representar um gênero paralelo neutro, isto é, completamente separado dos masculino e feminino.[24][25]
↑Portuguese, Department of Spanish &; UW-Madison (19 de janeiro de 2016). «Lição 2». L&S Learning Support Services, UW-Madison (em inglês). Consultado em 18 de maio de 2021
↑Machado, Elenir de Oliveira (2002). «Morfema zero e casos de alomorfia». www.filologia.org.br (Cadernos da pós-graduação em Língua Portuguesa). Morfossintaxe da língua portuguesa. São Gonçalo: Faculdade de Formação de Professores/UERJ. Consultado em 28 de setembro de 2024