Forte de Albarquel
O Forte de Albarquel localiza-se sobre a praia de mesmo nome, na barra norte do rio Sado, no município e no Distrito de Setúbal, em Portugal.[1] HistóriaO forte seiscentistaIntegrou, no passado, a linha defensiva do trecho do litoral denominado hoje, em termos de turismo, como Costa Azul, e que, no século XVII, se estendia de Albarquel a Sesimbra, complementando a defesa da importante povoação marítima de Setúbal. No âmbito da completa remodelação da estratégia defensiva do reino implementada sob o reinado de D. João IV (1640-1656), compreendida na defesa da barra de Setúbal, esta fortificação marítima foi iniciada, como a do Forte de Santiago do Outão, em 1643. Tinha como objectivo reforçar o poder de fogo do vizinho Forte de São Filipe de Setúbal. Contribuíram para as obras desta barra, à época, os proprietários das marinhas de sal e os navegantes da Casa do Corpo Santo, tendo as obras deste forte, como as do Outão, sido concluídas sob o reinado de D. Pedro II (1667-1706). O Governador do Forte de Albarquel, era por inerência o Guarda-Mor do Sal de Setúbal, cargo de "Jure e Herdade", pertencente à família Botelho de Moraes Sarmento. O titulo de "Guarda Mor do Sal de Setúbal", foi concedido pelo Rei Filipe III de Portugal e IV de Espanha,e rectificado por D. João IV,a Diogo Botelho de Moraes Sarmento, 1º Guarda Mor do Sal de Setúbal, tendo sido o ultimo Governador do Forte de Albarquel, nesta família, António Manoel Botelho de Moraes Sarmento, 6º Guarda-Mor do sal de Setúbal. Do século XX aos nossos dias![]() De propriedade do Ministério da Defesa, até recentemente estava integrado no Regimento de Artilharia de Costa, entretanto extinto, do Exército português, com a designação de 8ª Bataria. Na primeira metade do século XX foi erguida, no morro por detrás do forte, uma fortificação subterrânea, artilhada por três canhões Krupp de 150 mm, e guarnecida por cerca de 30 homens. As novas instalações compreendiam dependências como casernas, refeitório e armazéns. Em 2001, por Comunicado do Conselho de Ministros datado de 21 de Junho, o terreno deveria passar para a Câmara Municipal de Setúbal. No início de 2004 encontrava-se abandonado, cogitando-se a sua requalificação como unidade hoteleira. Em janeiro de 2015, foi anunciado na imprensa que o forte vai ser transformado num centro de cultura, com exposições e espetáculos. A fortificação foi gratuitamente cedida pelo Governo à Câmara de Setúbal em janeiro de 2015, mas a sua requalificação, orçada em cerca de 2 milhões de euros, vai ser assumida pela fundação da inglesa Helen Hamlyn. O imóvel fica na posse do município por 32 anos. A Fundação Buehler-Brockhaus, constituída por um casal alemão radicado em Setúbal, vai construir de um passadiço destinado a ligar o Parque Urbano de Albarquela à praia. Características![]() O forte apresenta planta no formato trapezoidal, com um pequeno baluarte no vértice Sudeste e uma guarita no Sul, ambos voltados para o mar. No lado Nordeste da praça de armas ergue-se a edificação com as dependências de serviço. O portão de armas abre-se no vértice a norte. ReferênciasLigações externas |