A família al-Assad, que chegou ao poder na Síria através de Hafez al-Assad, presidente do país de 1971 a 2000, são membros da seita minoritária alauitassíria e pertencem à tribo Kalbiyya.[1] Os membros desse grupo têm-se destacado no governo da Síria e no Exército desde 1963, quando o Partido Baath chegou ao poder. A família é originária de Qardaha, a leste de Lataquia, no noroeste da Síria. "Al Assad" (ou Asad) significa "leão" em árabe. Após a morte de Hafez, a família foi liderada por Bashar al-Assad. Contudo o domínio da família Assad foi constado, frente a um levante popular que evoluiu para um sangrento conflito armado que matou quase de 500 mil pessoas e terminou com a deposição da Família Assad do poder na Síria em dezembro de 2024.[2][3] O governo desta família foi considerado brutal, com a oposição sendo reprimida e os integrantes do governo acumulando enormes fortunas pessoais. O regime Assad reinou sobre a Síria por cinquenta e três anos.[4]
As conexões da família foram, por mais de cinquenta anos, uma parte importante da política síria. Vários membros da família próxima de Hafez al-Assad ocuparam cargos no governo desde sua ascensão ao poder.[5][6][7]
Em 2010, foi estipulado que a fortuna da família Assad seria de mais de 5 bilhões de dólares. O dinheiro vinha através de bens e outros capitais (energia, terras e imóveis). O presidente Bashar al-Assad, assim como seu predecessor (seu próprio pai), garantia que o manejo do dinheiro fosse feito dentro do seu círculo íntimo. Seus familiares e apoiadores mais leais tem proeminentes cargos no governo e controlam boa parte das instituições e negócios que o governo lida. Além disso, a Síria é dita como um dos países mais corruptos do mundo.[8][9]
Anisa Makhlouf (1930-2016), a esposa de Hafez, antiga Primeira Dama.
Rifaat al-Assad (nascido em 1937), irmão de Hafez. Anteriormente, poderoso chefe de segurança, atualmente no exílio na França após a tentativa de golpe em 1984.
Bushra al-Assad (nascida em 1960), filha de Hafez. Farmacêutica. Casada com Assef Shawqat.
General Assef Shawkat (nascido em 1950), marido de Bushra al-Assad. Diretor Adjunto do exército sírio.
Basil al-Assad (1962-1994), filho de Hafez. Candidato original à sucessão. Morreu em um acidente de carro.[10]
Bashar al-Assad (nascido em 1965), filho de Hafez. Presidente da Síria de 2000 a 2024, oftalmologista e cirurgião de profissão.
Asma al-Assad (nascida em 1975), esposa de Bashar, a primeira-dama da Síria, e tem um papel de relevo público. Antes de se casar era uma executiva de banco de investimentos. Eles têm três filhos.[7]
Majid al-Assad (1966 - 2009), filho de Hafez; engenheiro elétrico. Morreu após uma longa doença.[8][11][12]
Tenente-coronel Maher al-Assad (nascido em 1968), filho de Hafez; comandante da Guarda Republicana, e do exército de elite a Quarta Divisão Blindada, que, juntamente com a polícia secreta da Síria formavam o núcleo das forças de segurança do país.[13] Ele também era membro do comando central do Partido Baath e foi dito ter uma personalidade agressiva e incontrolável.[14][8]
General Adnan Makhlouf, primo de Anisah. Comandante da Guarda Republicana.
Muhammad al-Assad, primo de Hafez. Outro líder da "milícia armada".
Rami Makhlouf (nascido em 1969), primo de Bashar. Empresário.
No geral, a família Assad governo a Síria por 53 anos. Bashar foi deposto em 2024, como consequência da Guerra Civil Síria.[15] Após sua derrocada, seus palácios foram invadidos, revelando uma vida de opulências (carros importados, moveis banhados em ouro, roupas de grife de marcas europeias e outros itens de luxo ocidentais) enquanto governavam um país empobrecido e em guerra civil.[16]