Evelyn De Morgan
Evelyn De Morgan (Londres, 30 de agosto de 1855 - 2 de maio de 1919) foi uma pintora britânica integrante do movimento da Irmandade Pré-Rafaelita[1] muito embora por suas características possa melhor ser definida como simbolista.[2] Ela foi seguidora do Pré-Rafaelita Burne-Jones.[3] Suas pinturas exibem espiritualidade; usa de temas da mitologia, da Bíblia e da literatura; o papel das mulheres; metáforas de luz e escuridão; vida e morte e, finalmente, alegorias da guerra.[4] Participou ativamente das lutas sufragistas e foi uma artista bastante produtiva e bem-sucedida.[2] BiografiaNascida como Mary Evelyn Pickering,[1] numa família de classe média alta, filha de um gravador estabelecido em Pontefract, e de Anna Maria Wilhelmina Spencer Stanhope que era irmã do artista John Roddam Spencer Stanhope, descendente de Thomas William Coke (I conde de Leicester).[5] Evelyn foi educada em casa e começou lições de desenho quando tinha 15 anos; na manhã de seu décimo sétimo aniversário ela registrou: "A arte é eterna, mas a vida é curta (...) Eu vou começar isso agora, não tenho nenhum momento a perder"; passou então a procurar convencer seus pais da permitir que frequentasse uma escola de belas-artes, mas estes a princípio a desencorajaram até que, em 1873, finalmente foi matriculada na Slade School of Fine Art, onde foi-lhe oferecida uma bolsa que lhe permitia três anos de auxílio financeiro - mas recusou porque isto a obrigava a fazer estudos de nus a carvão, técnica que ela não apreciava, e então recusou o benefício.[3] Ela também foi aprendiz de seu tio John Roddam Spencer Stanhope, que teve grande influência em seus trabalhos; a partir de 1875 ela o visitou muitas vezes em Florença, onde ele vivia e que lhe permitiu estudar os grandes artistas da Renascença, sendo grande apreciadora das obras de Botticelli.[6] Isto a fez afastar-se do tipo de pintura com temas clássicos praticado na escola Slade, e criar seu próprio estilo; fez sua primeira exposição em 1877, na Grosvenor Gallery de Londres e continuou a exibir seus trabalhos.[3] Evelyn foi a primeira mulher a se formar na Slade.[7] Isso influenciou-a a afastar-se dos temas clássicos favorecidas pela escola Slade e fazer seu próprio estilo. Ela exibido pela primeira vez em 1877 na galeria de Grosvenor em Londres e continuou a mostrar suas pinturas depois.[3] Em 1887 casou-se com o ceramista William De Morgan e passaram suas vidas na capital britânica; Evelyn, uma pacifista, expressou seu horror pela Primeira Guerra Mundial e pela guerra da África do Sul com quinze pinturas de guerra que incluem The Red Cross ("A Cruz Vermelha")[1] e S.O.S..[8] Com relação ao sucesso como artista, o dinheiro não era importante - todos os lucros das vendas de suas pinturas eram revertidas para financiar a atividade ceramista de William, para a qual ela contribuiu ativamente com ideias para seus projetos.[1] MorteDois anos após a morte do esposo, em 1917, ela morreu em Londres, em 2 de maio de 1919, aos 63 anos, e foi sepultada no Cemitério de Brookwood, no condado de Surrey, Inglaterra.[5] Espiritismo anônimoMuito embora as cartas e gravações deixadas por Evelyn De Morgan não referendem sua crença na reencarnação - tema bastante controverso na época - bem como sobre a comunicação com os espíritos, ela e o esposo fizeram publicar, anonimamente, um livro intitulado "The Result of an Experiment" (O Resultado de Um Experimento) em 1909, em que relatam seus experimentos com a escrita direta; os dois praticavam esse tipo de mediunidade pelo menos desde 1887, e o livro reporta muitas das mensagens que receberam ao longo desse tempo, com espíritos em variados graus de desenvolvimento; uma de suas pinturas em particular - "The Cadence of Autumn" (A cadência do outono) - reflete vários símbolos medievos, típicos dos pré-rafaelitas e simbolistas, e outros que sugerem a reencarnação.[7] Trabalhos
Galeria
Referências
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