Estádio Cerecamp
O Centro Recreativo e Esportivo de Campinas Doutor Horácio Antônio da Costa, mais conhecido por Estádio Cerecamp, ou também Estádio da Mogiana, é um estádio desportivo localizado no bairro Guanabara, na região central da cidade de Campinas, no Brasil. Pertence ao Governo do Estado de São Paulo e possui capacidade para 4.000 pessoas. HistóriaConcluído em 17 de junho de 1940, na época era o principal estádio de futebol do interior, só perdendo no Brasil em termos de qualidade e arquitetura para o recém inaugurado Pacaembu em São Paulo, e também para o estádio de São Januário no Rio de Janeiro.[2][3] A primeira partida foi disputada em 9 de julho de 1940, num jogo entre Esporte Clube Mogiana e Uberaba Sport Club.[4] Horácio Antônio da Costa foi membro da diretoria do Esporte Clube Mogiana, grande incentivador e colaborador na construção do estádio. Foi o engenheiro chefe da obra.[2][4] Por esse motivo, o também torcedor do time é homenageado com uma estátua com seu busto[5], localizada bem ao lado de uma das arquibancadas.[2] Curiosamente, partes da estrutura do estádio foram feitas com sobras dos materiais usados na própria ferrovia da Companhia Mogiana.[2][6] O estádio foi apelidado de Mogiana por ficar ao lado da antiga estação de trens Guanabara da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro[7], e ter sido sede do antigo time de futebol da associação esportiva dos ferroviários daquela empresa, o Esporte Clube Mogiana (ECM) de Campinas. O time desapareceu após os anos 1950. Entre os anos 40 e 50, quando era um dos estádios mais modernos do Brasil e o único de Campinas com refletores, o Campo da Mogiana recebeu 10 clássicos entre Guarani e Ponte Preta, com cinco vitórias para cada lado, inclusive o primeiro Dérbi noturno, em 1948[8], disputado em 28 de abril de 1948, que terminou com goleada bugrina por 5 a 2.[5] Sediou também os Jogos Abertos do Interior de 1945, realizados em Campinas.[5] O Esporte Clube Mogiana telegrafou para a CBD cedendo todas a instalações do clube, inclusive o estádio, para a Copa do Mundo de 1950, caso a entidade precisasse.[5] O EC Mogiana jogou a divisão intermediária do futebol paulista seis vezes: de 1947 a 1950 e depois em 1958 e 1959. O time mandava seus jogos em estádio próprio e mesmo com o encerramento das suas atividades futebolísticas, o estádio permaneceu. Na década de 1970, passou a ser propriedade do governo estadual de São Paulo.[3] Na década de 80, serviu como casa do antigo Esporte Clube Gazeta.[5] Durante muito tempo ele ficou abandonado, à mercê de vândalos, que destruíram grande parte das suas dependências. Graças ao trabalho realizado desde 1998 pelo até então Campinas Futebol Clube, o estádio foi reformado e recuperado em 2003, sendo preservado o patrimônio histórico da cidade e do estado. O Campinas FC mandou seus jogos no estádio até o ano de 2009[2], sendo que no ano de 2010, com problemas financeiros, a equipe acabou se transferindo para o município de Barueri. Entre 2009 e 2011, o estádio recebeu três edições consecutivas da Copa São Paulo[5], sempre com times locais envolvidos: Guarani, Ponte Preta, Campinas e Red Bull Brasil.[8] O último jogo oficial da história do Cerecamp até o momento foi a vitória do Athletico por 3 a 1 sobre o Red Bull Brasil, no dia 12 de janeiro de 2011.[8] Em 14 de novembro de 2019, o estádio foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc),[9][10][11] sendo também tombado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico).[12] Em 2023, foi interditado pelo governo de São Paulo por conta das más condições. Em 2024, o governo paulista decidiu levar o estádio a leilão,[12] com lance mínimo de R$ 28,6 milhões. O vencedor receberia os 26,5 mil m² do terreno, incluindo a quadra de piso ladrilhado onde a Mogiana ganhou o campeonato campineiro de basquete.[3] No entanto, não houve ofertas.[13] Ver tambémReferências
Ligações externas
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