Echinócito (da palavra grega echinos, que significa 'ouriço' ou 'ouriço do mar'), na biologia e na medicina humanas, refere-se a um tipo de glóbulo vermelho que possui uma membrana celular anormal caracterizada por muitas projeções espinhosas pequenas e uniformemente espaçadas.[1][2] Outro termo para essas células é células de rebarba (burr cells).
Fisiologia
Os equinócitos são freqüentemente confundidos com acantócitos, mas o mecanismo de alteração da membrana celular é diferente. A equinocitose é uma condição reversível dos glóbulos vermelhos, frequentemente um artefato produzido pelo EDTA, que é usado como um anticoagulante em amostras de sangue.[3]
Os equinócitos podem ser distinguidos dos acantócitos pela forma das projeções, que são menores, mais numerosas i uniformemente espaçadas. Os equinócitos também exibem palidez central, ou clareamento da cor no centro da célula sob a coloração de Wright.[4]
Causas
Além de aparecer como um artefato de coloração ou secagem, os equinócitos estão associados a:[5]
Essas células também já foram observadas in vivo durante a hemodiálise e desaparecem ao final do procedimento. O nível de equinocitose parece estar relacionado ao aumento da viscosidade sanguínea que ocorre durante a hemodiálise.[6]
A formação de equinócitos pode ser determinada por pulsos de campo elétrico.[7] A corrente elétrica alternada produz modificações nas membranas das hemácias, atribuídas à diminuição da tonicidade, levando à transformação em equinócitos.[8]
↑Hirschmann, editors, Douglas C. Tkachuk, Jan V. (2007). Wintrobe's atlas of clinical hematology. Philadelphia, PA [etc.]: Lippincott Williams & Wilkins. ISBN0781770238
↑Henszen, MM; Weske, M; Schwarz, S; Haest, CW; Deuticke, B (outubro–dezembro de 1997). «Electric field pulses induce reversible shape transformation of human erythrocytes.». Mol Membr Biol. 14: 195–204. PMID9491371. doi:10.3109/09687689709048182