Eloá do Valle Quadros (São Paulo, 13 de junho de 1923[1] — São Paulo, 22 de novembro de 1990) foi a esposa do 22.º presidente do Brasil Jânio Quadros e, portanto, a primeira-dama do país de 31 de janeiro até 25 de agosto de 1961, quando seu marido renunciou. Pela cidade de São Paulo, foi primeira-dama em dois períodos: entre 1953 a 1955 e entre 1986 a 1989; e, no estado homônimo, a 40.ª primeira-dama paulista entre 1955 e 1959.
Vida familiar
Nascida na capital paulista, era a única filha do farmacêutico Paulo Brebal do Valle Junior e de Florisbina Daria de Azevedo. Fez seus estudos no Colégio Sion.[2]
Relacionamento com Jânio
Eloá do Valle conheceu Jânio Quadros pela primeira vez no Guarujá, litoral de São Paulo. "Eu jamais conhecera um homem tão feio quanto Jânio", afirmaria posteriormente.[3]
Casamento e filha
Eles se casaram em 26 de setembro de 1942, quando Eloá tinha dezenove anos. O local da cerimônia de casamento foi na Igreja da Consolação, numa cerimônia simples.[2] Tiveram uma única filha, Dirce Maria Quadros, deputada federal pelo PSDB de 1987 a 1991.[4] Dirce Maria casou-se aos dezesseis anos com o jornalista Alaor José Gomes, que trabalhava no gabinete do então governador Jânio Quadros, tendo o casal três filhas.[5] Mais tarde, separando-se, Dirce Maria se casou novamente com o norte-americano Michael Stong Mulcahy e passou a residir nos Estados Unidos, sendo que teve um filho de prenome John Jânio.[6]
Primeira-dama do Brasil
É dito que a primeira-dama mandou uma carta ao arquiteto Oscar Niemeyer, pedindo que fosse construída uma casa de pombos na então Praça dos Três Poderes, para dar vida ao local. O resultado teria sido a escultura Pombal, com 10 metros de altura.[7]
Antes da posse do marido, Eloá disse que tinha interesse em ampliar as atividades da Legião Brasileira de Assistência (LBA), pôr fim à construção de favelas e combater a mortalidade infantil.[8]
No encontro dos presidentes brasileiro e uruguaio, Jânio Quadros e Arturo Frondizi em Uruguaiana, Eloá se encontrara com Helena Frondizi, primeira-dama do Uruguai. Um churrasco marcou o encontro das duas, seguindo todos os protocolos.[9]
Diferentemente de suas sucessoras, Eloá Quadros foi uma primeira-dama simples e modesta: fazia em casa seus próprios vestidos e os da filha, além do gosto pelo teatro e cinema.
Doença e morte
Em 1984, Eloá Quadros havia se submetido a uma cirurgia para retirada de um câncer de mama, em São Paulo.[10] Durante o último mandato do marido, prefeito de São Paulo entre 1986 e 1988, viajou várias vezes para o exterior a fim de se submeter a tratamentos contra a doença.
Faleceu em 22 de novembro de 1990, aos 67 anos.
Referências
Ver também
Ligações externas