Eleições estaduais no Rio Grande do Norte em 1970
As eleições estaduais no Rio Grande do Norte em 1970 ocorreram em duas etapas conforme previa o Ato Institucional Número Três[1] e assim a eleição indireta do governador Cortez Pereira e do vice-governador Tertius Rebelo foi em 3 de outubro e a escolha dos senadores Dinarte Mariz e Jessé Freire, seis deputados federais e dezoito deputados estaduais aconteceu em 15 de novembro sob um receituário aplicado aos 22 estados e aos territórios federais do Amapá, Rondônia e Roraima.[2][3][nota 2] Nascido em Currais Novos, o governador Cortez Pereira é formado em Filosofia e Direito pela Universidade Federal de Pernambuco e foi professor na Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Eleito primeiro suplente do senador Dinarte Mariz pela UDN em 1962, entrou na ARENA e foi escolhido governador pelo presidente Emílio Garrastazu Médici em 1970. Se em 1965 o seu mentor foi derrotado pelo monsenhor Walfredo Gurgel ao disputar o governo do estado, agora Mariz recuperou prestígio ao levar ao Palácio Potengi, alguém de sua confiança.[4] Para vice-governador foi eleito o almirante Tertius Rebelo. Resultado da eleição para governadorA eleição ficou a cargo da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte e a chapa vencedora recebeu todos os votos do partido governista enquanto os sete deputados da oposição se abstiveram de votar.[5]
Eleito
Biografia dos senadores eleitosDinarte MarizAgropecuarista e comerciante nascido em Serra Negra do Norte, Dinarte Mariz apoiou Getúlio Vargas e João Pessoa na eleição presidencial de 1930 e no mesmo ano foi nomeado prefeito de Caicó por obra da Revolução de 1930 sendo deposto e preso no Rio de Janeiro por simpatizar com a Revolução Constitucionalista de 1932. Fundador do jornal A Razão e militante do Partido Popular opôs-se à Intentona Comunista iniciada em Natal a 23 de novembro de 1935 e ao Estado Novo. Filiado à UDN, foi eleito senador em 1954, governador do Rio Grande do Norte em 1955 e de novo senador em 1962 reelegendo-se pela ARENA em 1970.[6] Jessé FreireA outra vaga de senador coube a Jessé Freire, advogado nascido em Macaíba e formado na Universidade Federal de Alagoas. Também empresário, assumiu em 1964 a presidência da Confederação Nacional do Comércio e também os conselhos nacionais do Serviço Social do Comércio e Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial.[7] Filiado ao PSD e à ARENA, foi eleito vereador em Natal em 1950, deputado estadual em 1954, candidato derrotado a vice-governador na chapa de Jocelyn Vilar de Melo em 1955 e deputado federal em 1958, 1962 e 1966 até eleger-se senador em 1970.[7][8] Resultado da eleição para senadorCom informações oriundas do Tribunal Superior Eleitoral que apurou 487.633 votos nominais, 184.307 votos em branco (26,91%) e 12.862 votos nulos (1,88%) resultando no comparecimento de 684.802 eleitores.[2][nota 3]
Eleitos
Deputados federais eleitosSão relacionados os candidatos eleitos com informações complementares da Câmara dos Deputados. Foram apurados 274.431 votos válidos (80,15%), 47.592 votos em branco (13,90%) e 20.378 votos nulos (5,95%) resultando no comparecimento de 342.401 eleitores.[9][10][nota 4]
Deputados estaduais eleitosA Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte recebeu doze representantes da ARENA e seis do MDB.[2]
Notas
Referências
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