Duarte de Portugal, arcebispo de Braga
Duarte de Portugal ([onde?], 1521 — Lisboa, 11 de novembro de 1543) foi um infante e prelado português, arcebispo de Braga. Era filho natural e reconhecido de D. João III com Isabel Moniz, moça da câmara da Rainha D. Leonor e filha de um alcaide de Lisboa, que tinha a alcunha de "o Carranca".[1][2] BiografiaNa infância, foi mandado ao Mosteiro de Santa Marinha da Costa, junto a Guimarães, sendo o seu educador o frei jeronimita Diogo de Murça.[2][3] Quando tinha catorze anos de idade, seu pai mandou para a sua companhia o seu primo, D. António, sendo os dois educados em latim e retórica.[4] Consta que era bom músico e cavaleiro, além de demonstrar aptidões para as ciências.[4][5] Ainda no Mosteiro da Costa, o rei deu-lhe o priorado de Santa Cruz de Coimbra, além de tê-lo feito comendatário de Refojos de Basto, Caramos e São João de Longos Vales.[4] Com a morte de D. Diogo da Silva, D. João III aguarda quase um ano para poder nomear seu filho para a Sé bracarense, quando D. Duarte então teria a idade canónica de vinte e um anos,[4] a 6 de fevereiro de 1542,[6] tendo na sequência a confirmação do Papa Paulo III,[4] por meio das bulas Cum nos pridem, Personam luam e Hodiem dilectum.[7] Segundo a bula Cum nos pridem, D. Duarte somente seria ordenado após completar vinte e sete anos.[7] Saindo de Guimarães a 12 de agosto de 1543, chegou à Sé de Braga dando entrada solene pela Porta do Souto, não demorando muito na cidade.[4] Chamado por seu pai, foi para Lisboa no mês seguinte, sendo recebido pelo rei e pela Corte.[4] Contudo, foi acometido de varíola e veio a morrer a 11 de novembro de 1543, contando então com apenas vinte e dois anos de idade.[2][4][6] Para mostrar a sua erudição, traduziria para o latim a história dos reis de Portugal, mas somente traduziu a Crónica de Dom Afonso Henriques de Duarte Galvão.[2] Ainda escreveu "Oração em louvor da Filosofia recitada no colégio da Costa, dia de S. Jerónimo"; saiu em 1711 no segundo tomo das "Provas da História Genealógica da Casa Real Portuguesa", por D. António Caetano de Sousa, em Lisboa.[2] Jaz sepultado no Mosteiro dos Jerónimos.[4] Referências
Bibliografia
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