Diálogo inter-religioso é a ideia de que as diferentes religiões do mundo devem evitar a busca pela supremacia mundial e, ao invés disso, devem dialogar e se respeitar mutuamente, procurando evitar conflitos com motivação religiosa.[1][2][3]
Algumas instâncias isoladas e notáveis, como a do Império Mogol, abriram caminho para o estabelecimento de fóruns permanentes de diálogo religioso, como o Parlamento Mundial de Religiões, fundado em 1893. Na década de 1960, a Igreja Católica iniciou uma política de diálogo inter-religioso, através de iniciativas como o Concílio Vaticano.
Princípios para o diálogo inter-religioso
Entre 6 a 9 de setembro de 2003, um Encontro Internacional de Teólogos Pluralistas e Estudiosos da Religião reuniu 35 especialistas em religião provindos da Ásia, Europa e Estados Unidos. Neste encontro, os participantes estabeleceram os princípios para o diálogo inter-religioso, divulgados em uma Nota de Imprensa, no dia 10 de setembro de 2003:[4]
O diálogo e o compromisso inter-religioso devem ser a forma pela qual as religiões se relacionam entre si. Uma necessidade primordial para as religiões é a de curar os antagonismos entre elas.
O diálogo deve envolver os urgentes problemas do mundo hoje, incluindo a guerra, a violência, a pobreza, a devastação ambiental, a injustiça de gênero e a violação dos direitos humanos.
Reivindicações de verdade absoluta podem ser facilmente exploradas para incitar o ódio e a violência religiosos.
As religiões do mundo afirmam uma realidade/verdade última que é conceitualizada de formas diferentes.
Embora a realidade/verdade última esteja além do alcance da completa compreensão humana, ela encontrou uma expressão em diversas formas nas religiões do mundo.
As grandes religiões do mundo, com seus diversos ensinamentos e práticas, constituem caminhos autênticos ao bem supremo.
As religiões do mundo compartilham muitos valores essenciais, como o amor, a compaixão, a igualdade, a honestidade e o ideal de tratar os outros como queremos ser tratados.