Desinfecção

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Introdução

Desinfecção é o processo que elimina todos os microorganismos ou objetos inanimados patológicos, com exceção dos endosporos bacterianos. Esse processo não deve ser confundido com a esterilização, visto que não elimina totalmente todas as formas de vida microbiana.[1]

Processos de Desinfecção

Os processos de desinfecção têm como objetivo a destruição ou inativação de organismos patogênicos, capazes de produzir doenças, ou de outros organismos indesejáveis. A desinfecção não implica, necessariamente, a destruição completa de todas as formas vivas (esterilização), embora muitas vezes o processo de desinfecção seja levado até o ponto de esterilização.

Diversos fatores podem influenciar na desinfecção, alguns deles são: espécie e concentração do organismo a ser destruído, espécie e concentração do desinfetante e tempo de contato.

A concentração de microrganismos é importante, uma vez que uma densidade elevada significa uma maior demanda de desinfetante. A aglomeração de organismos pode criar uma barreira para a penetração do desinfetante.

A morte de organismos pela ação de um desinfetante, fixando-se os outros fatores, é proporcional à concentração do desinfetante e ao tempo de reação. Deste modo, pode-se utilizar altas concentrações e pouco tempo, ou baixas concentrações e um tempo elevado. A ação dos desinfetantes na destruição ou inativação dos microrganismos não é instantânea. Em geral, o processo se desenvolve de maneira gradativa, ocorrendo etapas físicas, químicas e bioquímicas.[2]

Níveis de Desinfecção

O processo de desinfecção de artigos médico-hospitalares subdivide-se em três níveis, sendo que estes devem corresponder diretamente a classificação dos artigos a serem processados: 1) Desinfecção de alto nível; 2) Desinfecção de nível intermediário e 3) Desinfecção de baixo nível.[3]

Desinfecção de alto nível pode, em geral, se aproximar à esterilização em efetividade, enquanto formas de esporos podem sobreviver após desinfecção de nível intermediário, e muitos microrganismos podem permanecer viáveis quando expostos à desinfecção de baixo nível. Essa classificação dos processos de desinfecção e dos desinfetantes não é muito precisa uma vez que a eficácia desses procedimentos é influenciada pela natureza do material que será desinfetado, número e resistência dos organismos contaminantes, quantidade de matéria orgânica presente (que pode inativar o desinfetante), tipo e concentração do desinfetante e duração e temperatura de exposição.[4]

Referências

  1. DE MEIRELLES KALIL, Erika; DA COSTA, Aldo José Fernando. Desinfecção e esterilização. Acta Ortop Bras, v. 2, n. 4, p. 1, 1994.
  2. MEYER, Sheila T. O uso de cloro na desinfecção de águas, a formação de trihalometanos e os riscos potenciais à saúde pública. Cadernos de Saúde Pública, v. 10, p. 99-110, 1994.
  3. GRIEP, Rubens; PICOLLI, Marister. Validação dos processos de limpeza e desinfecção dos artigos de inaloterapia e oxigenoterapia. Cogitare Enfermagem, v. 7, n. 2, 2002.
  4. MURRAY, Patrick; ROSENTHAL, Ken S.; PFALLER, Michael A. Microbiología médica. Elsevier Brasil, 2015.

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