Organizada pela CBF, o torneio tem formato similar ao da Copa do Brasil, com partidas em confrontos "mata-mata", nos quais o clube derrotado é eliminado da competição.
Nas duas primeiras edições, o campeão do torneio ganhou uma vaga na Copa Sul-Americana do ano seguinte.[2][3][4] Posteriormente a competição garantiu vaga para as oitavas de final da Copa do Brasil, o que perdurou até 2019.[5] Atualmente, a competição assegura ao vencedor uma vaga na terceira fase da Copa do Brasil.[6]
O primeiro time a conquistar o torneio foi o Brasília, enquanto o maior vencedor da competição é o Paysandu, com quatro títulos.
História
O torneio nasceu a partir da proposta de se fazer uma competição regional, como a Copa do Nordeste, para clubes da Região Norte – por isso o nome do torneio faz alusão à Floresta Amazônica.[2] Logo, foi decidido ampliar o torneio para clubes do Centro-Oeste e do Espírito Santo (que participava da antiga Copa Centro-Oeste).[7] Apesar de não ter sido incluída no calendário oficial da CBF para 2014, divulgado em setembro do ano anterior, o torneio foi confirmado pelo diretor de competições da entidade.[8]
Em 2016 foram incluídos os clubes do estado de Goiás, que não participavam até essa edição.[9] Com dois clubes a mais, a CBF criou uma fase preliminar às oitavas de final. Outra mudança também foi a inclusão de clubes através do Ranking da CBF.[10] No ano seguinte, os times goianos ficaram de fora novamente, alegando falta de calendário para disputar o torneio. O formato da edição anterior, porém, foi mantido.[11]
Durante diversas partidas da Copa Verde, é possível trocar garrafas plásticas ou latas de alumínio por ingressos, através de máquinas instaladas nas cidades-sedes dos jogos.[12]
Transmissão televisiva
A Copa Verde foi transmitida com exclusividade pelo canal Esporte Interativo, que também transmitia a Copa do Nordeste, de 2015 a 2018. A emissora e o Ministério do Esporte dividiam os custos de viagem das equipes.[2][3] Em 7 de maio de 2018, antes mesmo do canal anunciar seu término, foi noticiado que Esporte Interativo não iria mais transmitir a competição.[13]
A partir de 2019, o torneio passou a ser exibido através da plataforma de streamingMyCujoo.[14] Ainda em 2019, os jogos de Remo e Paysandu tiveram a transmissão da Rede Cultura do Pará, em parceria com a TV Brasil. Para a edição de 2020, a emissora estatal transmitiu com exclusividade todos os jogos junto a canais afiliados à Empresa Brasil de Comunicação.[15]
Em 2022, a apenas um dia do início da edição, o serviço de streamingDAZN chegou a um acordo com a CBF para exibir algumas partidas do torneio com exclusividade, a partir das oitavas de final. Assim, a TV Brasil ficou sem os direitos de transmissão.[16] Na temporada seguinte, a plataforma não renovou os direitos e a competição ficou sem transmissão na TV nem em streaming próprio, com a cobertura ficando sob responsabilidade dos clubes.[17] No entanto, apenas os jogos da final tiveram transmissão televisiva ao vivo em um pool formado pela Rede Cultura do Pará, TV Brasil (transmissão nacional) e BandSports, marcando o retorno das transmissões pela TV por assinatura, com a última cobertura ocorrendo em 2018.[18]
Na temporada de 2024, novamente a exibição do torneio ficou restrita à cobertura dos próprios clubes participantes, através de seus canais oficiais. Nas quartas de final, a Rede Meio Norte transmitiu apenas o jogo de volta entre Goiás e Vila Nova.[19] Já as semifinais entre a dupla Re-Pa foram transmitidas localmente pela Rede Cultura do Pará.[20] Houve uma tentativa de aquisição dos confrontos entre Remo e Paysandu pela RBA TV, afiliada à Band, e o Nosso Futebol após os dois times paraenses anunciarem as transmissões via streaming. No entanto, a cobertura na primeira emissora seria inviável devido à incompatibilidade de horário com a programação nacional da Band e o acordo não avançou.[21]
Classificação
Participantes
A Copa Verde é disputada por 24 (vinte e quatro) clubes identificados seguindo os seguintes critérios técnicos de participação: [22]
Critério 1: Ter obtido a primeira colocação no Campeonato Estadual da 1ª divisão profissional (ou Torneio Seletivo do qual participem ao menos 4 (quatro) Clubes da primeira divisão profissional do Campeonato Estadual) organizado pelas 12 (doze) Federações filiadas participantes: Acre, Amazonas, Amapá, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
Critério 2: Ter obtido a segunda colocação no Campeonato Estadual da 1ª divisão profissional (ou Torneio Seletivo do qual participem ao menos 4 (quatro) Clubes da primeira divisão profissional do Campeonato Estadual) organizado pelas 8 (oito) Federações melhores ranqueadas no Ranking Nacional das Federações (RNF).
Critério 3: Os 4 (quatro) melhores clubes posicionados no Ranking Nacional dos Clubes (RNC), filiados às Federações participantes, excluídos os clubes já classificados através dos critérios 1 e 2.
↑A inclusão do Espírito Santo acontece porque o Estado tinha representantes na antiga Copa Centro-Oeste.
↑No dia 28 de julho de 2014, o STJD retirou o título do Brasília devido à suposta escalação irregular de quatro jogadores na final do torneio, concedendo o título ao Paysandu.[23] No dia 1 de agosto, porém, o Brasília conseguiu um efeito suspensivo da decisão, retomando o título temporariamente.[24] A resolução final do caso seria julgada pelo Tribunal Pleno do STJD no dia 14 de agosto, mas foi adiada por conta do mau tempo.[25] Na sequência, o julgamento foi remarcado para o dia 2 de outubro, porém adiado outra vez devido a um pedido do Paysandu, uma vez que o relator do processo não poderia estar presente.[26][27] No dia 7 de novembro, ficou definido que o julgamento final aconteceria no dia 13 de novembro, após mais de um mês de indefinição.[28] Porém, mais uma vez o julgamento foi adiado, pois o Paysandu alegou que um de seus advogados não poderia comparecer.[29] Assim, o pleito foi adiado para o dia 27 de novembro,[30] quando finalmente o Pleno decidiu a favor do Brasília, que foi declarado campeão.[31]
↑Por conta da pandemia de COVID-19, a edição da Copa Verde de 2020 não teve presença de público.[70]