Conacri
Conacri (em francês: Conakry, Língua susu: Kɔnakiri) é a capital e a maior cidade da República da Guiné. Originalmente situada na ilha de Tombo, uma das Ilhas de Los, cresceu até à vizinha península de Kaloum. Localiza-se no sudoeste do país e é um porto no Oceano Atlântico. Em 2002, a população era estimada entre cerca de 2 milhões de pessoas e quase um quarto da população da Guiné. HistóriaFoi estabelecida originalmente na pequena ilha de Tombo e depois se expandiu para a vizinha península de Kaloum, um trecho de terra de 36 quilômetros de comprimento e largura que oscila entre 0,2 e 6 km. A cidade foi fundada, essencialmente, após os britânicos ter cedido a ilha à França em 1887.[1] Em 1885, as duas aldeias da ilha, Conacri e Boubinet, possuíam menos de 500 habitantes. Conacri tornou-se a capital da Guiné francesa em 1904 e prosperou como porto de exportação, principalmente após a inauguração de uma estrada de ferro para Kankan, atualmente fechada, possibilitar a exportação em grande escala de amendoim proveniente do interior.[1] Nas décadas após a independência, a população de Conacri explodiu, de 50 mil habitantes em 1958 para 600 000 em 1980 e para mais de dois milhões atualmente.[2] Sua pequena superfície e relativo isolamento do continente, situação favorável para seus fundadores coloniais, possibilitaram a criação de uma infraestrutura de peso desde a independência.[3] Em 1970, um conflito entre as forças portuguesas e o PAIGC na vizinha Guiné portuguesa (atualmente Guiné-Bissau) se espalhou para a República da Guiné quando um grupo de 350 soldados portugueses e guineenses dissidentes desembarcou perto Conacri, atacou a cidade e, antes de se retirar, libertou 26 prisioneiros de guerra portugueses mantidos pelo PAIGC, não conseguindo, no entanto, derrubar o governo nem matar o líder do PAIGC.[4] Camp Boiro, um temido campo de concentração durante o governo de Ahmed Sékou Touré, estava localizado em Conacri.[5] De acordo com grupos de direitos humanos, 157 pessoas morreram durante os protesto de 2009, quando a junta militar abriu fogo contra dezenas de milhares de manifestantes na cidade em 28 de setembro de 2009.[6] GeografiaSubdivisõesConacri cresceu ao longo da península. O governo local subdividiu a cidade em cinco distritos, em 1991, cada um destes governado por um subprefeito. Estes cinco distritos são:[7] Os cinco distritos da cidade compõem a Região de Conacri, que, por sua vez, é uma das oito regiões da Guiné, que são dirigidas por um governador. A cidade é designada como Zona Especial de Conacri. Com uma população de aproximadamente dois milhões de habitantes, a Região de Conacri é a mais populosa da Guiné, possuindo quase um quarto da população do país e tendo quase o dobro de população que a Região de Kankan, a segunda mais populosa da Guiné. Clima
EducaçãoTransportesEconomiaConacri é a maior cidade da Guiné e é o seu centro administrativo, comunicativo e económico. A economia da cidade desenvolve-se à volta do porto, que tem acessos modernos para suportar e armazenar tanques de carga, através dos quais as bananas e o óxido de alumínio são transportados em barcos. As suas manufacturas incluem produtos alimentares e materiais para casa. Um guineense de classe média em Conacri recebe um salário mensal de cerca de 225 000 GNF (cerca de $45 dólares). Referências
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