Colégio de Santiago Alfeu

Colégio de Santiago Alfeu
Paço de Fonseca
Colexio de Santiago Alfeo
Colégio de Santiago Alfeu
Fachada do Colégio de Santiago Alfeu
Informações gerais
Nomes alternativos Colégio de Fonseca, Colégio Novo
Estilo dominante Renascentista, plateresco
Arquiteto Juan de Álava, Diego de Romay, outros
Engenheiro Alonso de Guntín, Jácome García
Início da construção 1522
Fim da construção Século XVII
Inauguração 1544
Função inicial Colégio maior da Universidade de Santiago de Compostela
Função atual Biblioteca Geral da Universidade de Santiago
Geografia
País Espanha
Cidade Santiago de Compostela
Coordenadas 42° 52′ 46″ N, 8° 32′ 43″ O
Colégio de Santiago Alfeu Paço de Fonseca está localizado em: Santiago de Compostela
Colégio de Santiago Alfeu
Paço de Fonseca
Localização do Colégio de Santiago Alfeu no centro histórico de Santiago de Compostela

O Colégio de Santiago Alfeu (em galego: Colexio de Santiago Alfeo ou Colégio Novo, mais conhecido atualmente como Paço de Fonseca (em galego e em castelhano: Pazo de Fonseca), Palácio de Fonseca ou Colégio de Fonseca foi um colégio maior onde nasceu a Universidade de Santiago de Compostela, fundado pelo arcebispo Alonso III de Fonseca em 1526 na cidade de Santiago de Compostela, Galiza, Espanha.

Atualmente o edifício alberga a sede da Biblioteca Geral da universidade e, no antigo refeitório e na capela, situados em ambos os lados do vestíbulo, dispõe de salas de exposições temporárias. Ao lado dele, a norte, situa-se outro antigo colégio da universidade, o Colégio de São Jerónimo, com o qual comunica pelo pátio e cuja fachada fecha o lado sul da Praça do Obradoiro.

O edifício

O pazo (palácio), de estilo renascentista com traços platerescos e tem dois andares de altura e um grande pátio interior, rodeado por um belo claustro plateresco. Nas paredes exteriores abrem-se vãos com arcos de meio ponto apoiados em colunelos que, juntamente com a porta, contrariam a sobriedade geral.

O edifício foi construído sobre a casa onde nascera o arcebispo Fonseca III (lugar hoje assinalado por uma lápide), segundo um projeto de Juan de Álava, que supervisionou Alonso de Covarrubias. As obras prolongaram-se entre 1522 e 1544, sendo dirigidas pelos mestre de obras Alonso de Guntín e Jácome García. Na fachada, terminada mais tarde, em 1688, por Diego de Romay, destaca-se o pórtico, com grande riqueza ornamental, numa espécie de exaltação do cristianismo. A porta, arco triunfal de acesso, está coroada por un friso onde está, no centro, o escudo do fundador rodeado das figuras de São Gregório Magno, Santo Ambrósio, Santo Agostinho e São Jerónimo e os quatro doutores da igreja latina. O porta é emoldurada por colunas caneladas, apoiadas em grandes bases, que sustêm o andar superior.

As duas figuras inferiores representam Santiago Alfeu e a Virgem dos Prazeres, e as que a encimam o conjunto representam São Pedro, Santa Catarina, Santo Ildefonso e São Paulo. O resto da ornamentação é composto pelas figuras de uns enigmáticos dragões que alguns autores identificam como sendo de inspiração maia.

O pórtico dá acesso a um vestíbulo com abóbada em cruzaria, que separa, à esquerda, o Salão Artesoado (antigo refeitório e depois Sala de Grais), com artesoado de tipo mudéjar, hoje destinado a sala de exposições, e a capela gótica, outra obra de Diego Romay, com abóbada em cruzaria, também usada como sala de exposições.

Mais adiante sai-se para o pátio, rodeado pelo claustri. A sua arcada dupla sobreposta, de estilo tipicamente plateresco, com arcos rebaixados e decorada com medalhões e bustos, que se completa com vidraças na parte superior.

La airosa puerta de Fonseca, muda,
me mostró sus estatuas y relieves
primorosos, encanto del artista;
y del gran Hospital, la incomparable
obra del genio, ante mis tristes ojos
en el espacio dibujose altiva.

 

A airosa porta de Fonseca, muda,
mostrou-me as suas estátuas e relevos
primorosos, encanto do artista;
e do grande Hospital, a incomparável
obra do génio, ante os meus tristes olhos
no espaço desenhou-se altiva.

 

Uso ao longo do tempo

Pátio

O edifício teve diversos usos ao longo da sua história:

  • Hospedaria para camponeses e comerciantes
  • Local de acolhimento dos católicos irlandeses que estudavam en Santiago desde os tempos de Filipe II, quando o seu Colégio Maior, chamado de São Patrício ou Colégio dos Irlandeses, foi destruído durante as invasões francesas
  • Seminário de Estudos Galegos
  • Faculdade de Medicina
  • Faculdade de Farmácia

Depois do franquismo, nos primeiros anos da autonomia da Galiza, o Salão Artesoado foi a sede do Parlamento da Galiza, até este ser transferido para o edifício da Escola de Veterinária de Santiago, a qual foi extinta em 1924 e o seu edifício transformado em quartel.

Notas e bibliografia

  • Fraguas, Antonio (1974), «Voz Fonseca», ISBN 9788472861220, Santiago, Gijón: Silverio Cañada, Gran Enciclopedia Gallega, 13: 159-160 
  • Fraguas, Antonio (1995), O colexio de Fonseca, ISBN 9788481212785 (em espanhol), Consorcio de Santiago, Instituto de Estudios Galegos "Padre Sarmiento", Universidade de Santiago 
  • «Colegio de Fonseca». www.santiago-compostela-virtual.com (em espanhol). Consultado em 24 de julho de 2013 

Ligações externas

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  • «Colegio de Fonseca». www.galiciaparaelmundo.com (em espanhol). Galicia para el Mundo. Consultado em 24 de julho de 2013