Ciclo lisogênicoO ciclo lisogênico é um dos dois ciclos usados por vírus para sua reprodução, sendo a outra o ciclo lítico.[1] No ciclo lisogênico, o vírus não se reproduz imediatamente,[2] em vez disso, combina as suas instruções genéticas com as da célula hospedeira. Uma vez infectada, a célula continua as suas operações normais, como a reprodução e o ciclo celular. Durante o processo de divisão celular, o material genético da célula, juntamente com o material genético do vírus que foi incorporado, sofre duplicação e em seguida é dividido equitativamente entre as células-filhas. Assim, uma vez infectada, a célula começará a transmitir o vírus sempre que passar por mitose e todas as células estarão infectadas também. Sintomas causados por um vírus que se reproduz desta maneira, num organismo multicelular, podem demorar a aparecer. Doenças causadas por vírus lisogênico tendem a ser incuráveis. Alguns exemplos incluem a SIDA e a herpes.Vale a pena lembrar que o vírus incorporado na célula pode "despertar" por algum motivo como a radiação, quimioterapia, raios X etc, iniciando o ciclo lítico. Diferenças entre o ciclo lisogênico e o ciclo lítico
Conversão lisogênicaEm algumas interações entre vírus lisogênicos e bactérias, pode ocorrer um fenômeno denominado conversão lisogênica. Nesse fenômeno o vírus induz uma mudança no fenótipo da bactéria infectada. As mudanças podem envolver a membrana externa da célula, tornando-a impermeável a outros vírus, ou ainda, aumentando a capacidade patogênica da bactéria para um hospedeiro.
Bactérias não virulentas também transformaram-se em altamente virulentas com a conversão lisogênica, com os fatores virulentos pertencentes ao vírus. Vírus e câncerAlguns vírus lisogênicos são capazes de provocar o desenvolvimento de câncer.[4] Em células normais, os processos de crescimento e diferenciação são controlados por oncogenes (ou c-oncogenes) que, quando sofrem mutação, podem provocar câncer. Muitos vírus lisogênicos carregam oncogenes (v-oncogenes). Os v-oncogenes são, geralmente, formas mutadas dos c-oncogenes. Se esse vírus infecta uma célula e integra-se ao genoma celular, o v-oncogene pode levar ao câncer.
Referências
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