Castlevania (jogo eletrônico)
Castlevania, conhecido no Japão como Akumajō Dracula[a],[3] é um jogo eletrônico de ação e plataforma desenvolvido e publicado pela Konami para o Famicom Disk System em 26 de setembro de 1986. Foi portado para o formato de cartucho para o Nintendo Entertainment System (NES) e lançado na América do Norte em maio de 1987 e na Europa em dezembro de 1988. O jogador controla o caçador de vampiros Simon Belmont, que entrou no castelo demoníaco para derrotar o Conde Dracula.[4] É o primeiro jogo da série Castlevania, e foi desenvolvido em paralelo com Vampire Killer, lançado um mês depois para MSX2. HistóriaOutro século se passou e Dracula desperta de seu sono com um plano: se ele fosse derrotado de novo, ele não seria o único a morrer. Ele rapidamente chamou a atenção de um novo Belmont: Simon Belmont, tataraneto de Christopher que foi treinado com a experiência dos dois grandes caçadores de vampiros antes dele. Acontecendo no ano 1691, Simon enfrenta o Dracula com toda a habilidade de um guerreiro e o derrota, neste que seria o primeiro jogo da série com o título "Castlevania".[5] JogabilidadeO jogo possui seis fases, que são jogadas em uma progressão estritamente linear. A principal arma de ataque é o chicote Vampire Killer, que pode ser melhorado através da coleta de objetos especiais durante o curso do jogo, estendendo seu comprimento. Além do chicote, várias "sub-armas" podem ser obtidas, fornecendo diferentes tipos de ataque. Ao quebrar candelabros e outros objetos situados em todo o castelo, Simon coleta corações, que podem ser usados para ativar as sub-armas. Simon só pode carregar uma sub-arma de cada vez. Dentre os inimigos enfrentados no castelo estão algumas criaturas míticas e de filmes de terror, como a Medusa, múmias, o Monstro de Frankenstein, a Morte, e o próprio Drácula, que também aparece em uma forma demoníaca após ser inicialmente derrotado. DesenvolvimentoCastlevania foi dirigido por Hitoshi Akamatsu, um admirador de cinema que abordava projetos com a "visão de um diretor de filmes", e afirmou que visuais e música do jogo foram feitos "por pessoas que conscientemente queriam trabalhar em algo cinemático".[6] Akamatsu queria que os jogadores se sentissem em um clássico filme de terror.[7] Originalmente lançado como Akumajō Dracula para o Famicom Disk System em 1986, o jogo obteve sucesso no Japão e foi relançado sob o título de Castlevania para o NES na América do Norte em 1987 e na Europa em 1988, além de ser relançado para o Famicom sob o título original em 1993.[8] O nome internacional de Castlevania foi o resultado do desconforto do vice-presidente da Konami of America, Emil Heidkamp, com as conotações religiosas do título japonês, "Akumajō Dracula", que ele acreditava ser traduzido como "O Castelo Satânico de Dracula".[9] Castlevania foi um dos primeiros grandes jogos de plataforma no NES, e parte de uma segunda onda de títulos para o console.[10] Seu lançamento coincidiu com o 90º aniversário da obra Dracula de Bram Stoker.[11] Os ataques com chicote foram inicialmente planejados para atingir múltiplas direções, mas isso só veio a ser aplicado em Castlevania IV.[12] Outras sub-armas foram planejadas, como alho, estacas de madeira, e um objeto que transforma o personagem em um lobisomem, mas não chegaram a ser incluídas.[12] Versões e relançamentosCastlevania recebeu portes para várias outras plataformas, como PC em 1990, Game Boy Advance e celular em 2004. Em 2016, o jogo original foi incluído como um dos 30 títulos da NES Classic Edition.[13] Em 2019, o jogo foi incluído na Castlevania Anniversary Collection, uma compilação lançada para PlayStation 4, Nintendo Switch, Xbox One, e Microsoft Windows, como parte do aniversário de 50 anos da Konami.[14] Trilha sonoraA trilha sonora foi composta por Kinuyo Yamashita,[1] sendo posteriormente reutilizada em diferentes jogos da série.
Recepção
Desde o lançamento original, Castlevania recebeu várias análises positivas. O jogo vendeu impressionantemente bem e foi considerado um clássico pela Retro Gamer e IGN.[8][21] Em 2001, a Game Informer o listou como o 48º melhor jogo já criado, afirmando que sua jogabilidade definiu o padrão da indústria.[22] Tim Turi afirmou que o Castlevania original tornou a série "lendária", e o chamou de uma "experiência essencial da série".[23] Em 2006, a Nintendo Power o considerou como o 22º melhor jogo feito em um console Nintendo na sua lista de "200 melhores jogos",[24] e em agosto de 2008 como o 14º melhor jogo do NES.[25] A IGN o colocou em 19º na sua lista de melhores jogos do NES, elogiando sua dificuldade, jogabilidade, trilha sonora, e visuais.[26] Lucas M. Thomas, mencionou o realismo relativo das armas, e o elogiou por não se levar tão à sério enquanto promovendo um ambiente amedrontador, com a combinação desses elementos e outros pontos culminando em um comentário sobre o jogo ser "único e maravilhoso", que influenciou futuros jogos da franquia.[27] Mark Birnbaum avaliou a versão para Virtual Console, e afirmou ter pessoalmente gostado da dificuldade e do design, mas comentando que pessoas que se frustravam rapidamente prefeririam o sucessor, Castlevania IV.[28] Lucas M. Thomas incluiu a versão de 25º aniversário da série em uma lista de aniversários esquecidos que aconteceram em 2011, comentando achar estranho Castlevania ter tantos títulos antes de seu 25º aniversário e apenas um título em 2011.[29] A GameZone o considerou o 8º melhor jogo da franquia, com Robert Workman, editor da revista, comentando que o título envelheceu bem e que trouxe grande valor para o Wii Virtual Console.[30] A Retro Gamer o chamou de um dos jogos mais duradouros já criados, apontando que sua capacidade de apresentar uma atmosfera adulta e desafiadora era mais importante do que sua jogabilidade única.[8] Kurt Kalata, da 1UP.com, o elogiou pelo nível de dificuldade e design visual realista.[31] No Japão, a revista Famitsu avaliou a versão para Famicom com 34/40.[16] A Classic NES Series, que relançou o jogo, foi recebida com análises mistas, alcançando nota agregada de 74/100 no Metacritic e 71% no GameRankings.[19][20] NotasReferências
Ligações externas
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