Cassio Audi
Cassio Elias Audi é um músico e executivo brasileiro formado em Administração de Empresas pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) em 1994[1] e MBA em Administração de Empresas pela Universidade de São Paulo (USP).[2] BiografiaNa sua adolescência, Cassio foi o primeiro baterista da formação oficial da banda Viper (1985-1988), banda brasileira pioneira do heavy metal. A banda Viper foi uma das pioneiras do estilo heavy metal no Brasil, e não apenas isso, também uma das precursoras do power metal, estilo pelo qual o país é conhecido por ser a casa de diversas bandas primorosas deste mesmo estilo.[3] Nos primeiros anos de carreira, a banda era formada pelos músicos Felipe Machado, Pit Passarell e Yves Passarell, que eram vizinhos no bairro de Santa Cecília. Para os três, um dos primeiros desafios foi decidir qual seria o nome ideal para o grupo, tendo sido cogitadas opções como Dragon e Rock Migration.[4] Enquanto fazia as suas primeiras apresentações para o público, o grupo optou por investir grande parte do que ganhava na compra de instrumentos melhores e também na profissionalização dos seus membros. Com toda essa experiência conquistada ao longo do tempo, os músicos notaram que fazia falta um bom baterista ao Viper, sendo esse o fator que levou a junção de Cassio Audi à formação original da banda.[4] No ano de 1984, o grupo já possuía fãs e uma carreira em ascensão devido ao fato de ter participado de alguns festivais de novos talentos, nos quais conquistou inclusive boas colocações.[5] Felipe Machado, posteriormente, em entrevista afirmou que, já como Viper, fizeram dois shows no final de 1984 com Pit nos vocais.[6] Nessa mesma época (03 de janeiro de 1985)[6], o vocalista Andre Matos também foi convidado a se unir aos músicos Pit Passarell, Cassio Audi, Yves Passarell e Felipe Machado, o que representou uma nova fase para a banda.[4] Com esses integrantes, o Viper firmou seu primeiro contrato com a Rock Brigade, o que foi importantíssimo para que o grupo produzisse o seu primeiro trabalho de estúdio, chamado Soldiers of Sunrise.[4] Pouco tempo após o lançamento da demo The Killera Sword, veio um dos principais sucessos da banda e um dos dois discos mais icônicos da mesma, o Soldiers of Sunrise, lançado em 1987. Esse álbum foi tão aclamado por crítica e público que deu o título de Iron Maiden brasileiro.[3] álbum conquistou o público com músicas como “Knights of Destruction” e “Signs of the Night”, as quais se destacaram por seu ritmo interessante e letras que prendiam o público que é fã do heavy metal.[4] Na canção que dá o título a esse trabalho, “Soldiers of Sunrise”, o que mais chamou a atenção foram as variações musicais, que demonstram uma evolução surpreendente, com destaque para a bateria de Cassio Audi, que lidera o ritmo contagiante da música. Assim, o primeiro trabalho de estúdio da banda obteve um sucesso comercial acima do imaginado e projetou a banda em outras partes do globo. Isso ainda influenciou o Viper a assinar com a Eldorado, uma gravadora maior e mais influente.[4] Theatre of Fate, segundo disco da banda, veio pouco tempo depois, mudando levemente o som da banda para algo mais melódico, iniciando o estilo power metal na banda. Em ambos os discos, Cassio Audi teve a participação nas gravações, embora tenha saído da banda após o segundo álbum de estúdio.[7] Para ocupar o lugar de Cassio na bateria, entrou um amigo de todos do grupo, Valdério Santos. Nas gravações do Theater, o produtor Rowland [Roy M. Rowland], pegou no pé de Valdério, dizia que ele não era bom o bastante, então ficou combinado que seria contratado outro baterista para gravar o disco e Valdério seguiria na turnê. O baterista contratado foi Sérgio Facci, do Vodu. Voltando à 1989, Valdério acabou não seguindo na banda e Guilherme Martin foi convidado a ingressar no Viper. Guilherme realizou a Fate on Tour[8] Com fãs no Brasil e no mundo, especialmente na Ásia e no Japão, a banda chegou a fazer diversos shows no exterior. Entre os admiradores japoneses, o Viper superou metas importantes e vendeu mais cópias do que grupos consagrados, como o Nirvana. Esses fatores fizeram com que Andre Matos, Cassio Audi, Felipe Machado, Yves Passarell e Pit Passarell se estabelecessem entre os grandes símbolos do heavy metal no país, sendo muito lembrados até os dias de hoje pelo público.[4] Em retrospectiva, o imenso prestígio da banda foi uma consequência da união de talentos únicos, que em conjunto criaram músicas cheias de personalidade, inclusive popularizando esse estilo musical no país. Como destaque especial, a bateria de Cassio Audi e a guitarra de Yves Passarell são considerados os pontos altos que contribuíram para a enorme projeção do Viper no Brasil e no mundo.[4] Sobre a sua participação na gravação do LP Theater of Fate, Sérgio Facci disse: "O Viper sempre foi uma banda irmã do Vodu. Ensaiávamos juntos, éramos da mesma gravadora (Rock Brigade), fazíamos alguns shows juntos, e quando eles foram gravar, o produtor da banda alugou minha bateria. Quando fui montar a bateria no estúdio, o convite surgiu para que eu fizesse a gravação. Aceitei o desafio e me orgulho muito do LP/CD ter chegado aonde chegou."[9] O músico Marcos Kleine (desde 2009 integrante da banda brasileira Ultraje a Rigor), em entrevista ao Wikimetal em 2013, foi questionado se ele chegou a tocar bateria no Viper. Marcos respondeu: "Então… eu fui baterista sim, pouco tempo porque eu não tinha bateria né?" E explicou que ele, Andre Matos e Cassio Audi tinham uma banda chamada Kiss Army. "É, ele (Cassio) era o mentor desse Kiss Army, mas o Cassio ficava pra mim quando eu comecei a tocar com o Viper, mas era uma coisa bem tosca, ele falava “sai fora meu, isso aí não vai rolar legal”. Aí moleque, eu falei “é, não tenho batera”, ai fez a cabeça, eu saí e depois de uma semana ele entrou. Legal né?"[10] Cassio Audi, por sua vez, se tornou empresário, não mais atuando no ramo da música, ao menos não profissionalmente, mas com certeza deixou um grande legado para a música nacional.<ref>«O legado ao Viper e ao metal nacional proporcionado por Cassio Audi – Canal Direto» (em inglês). Consultado em 12 de abril de 2020 Referências
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