A Divisão Principal de 2008 contou com a participação dos 11 clubes que disputaram a edição anterior mais o Atlético Tubarão, vencedor da Divisão de Acesso de 2007. A FCF, após reuniões com os clubes catarinenses decidiu diminuir o número de participantes do torneio para 10 em 2009, aumentando o número de rebaixados de dois para três e diminuindo o número de acessos para um.
*Tais estádios não foram utilizados no início do Campeonato por reformas
Fórmula de Disputa
Os 12 participantes jogaram em grupo único, onde disputaram 2 turnos todos contra todos. O turno conteve as partidas de ida e o returno as de volta, sendo que, ao começar o returno, os pontos foram zerados. O vencedor de cada turno (os que somarão mais pontos) foi classificado para a fase final. Nesta fase os dois clubes jogaram partidas de ida e volta e aquele que apresentou mais pontos na fase final, independente do saldo de gols, foi declarado Campeão Catarinense de 2008, se houve empate de pontos, o segundo jogo teve uma prorrogação de 30 minutos com o placar zerado e se esta não resolveu, o campeonato seria disputado nos pênaltis. Se o campeão ao turno fosse o mesmo do returno, não haveria fase final e este seria declarado campeão. Os 3 clubes que apresentarem a menor pontuação no campeonato inteiro (Pontos do Turno + Pontos do Returno) caíram para a Divisão Especial de 2008. O campeão geral foi classificado para a Série C do campeonato brasileiro de 2008, se este já está classificado para as séries A, B ou C, o vice-campeão classificar-se-ia, caso este também já estivesse, a vaga seria repassada para o 3º colocado (o que somar mais pontos nos 2 turnos, além do campeão e vice) e assim por diante. O campeão e o vice-campeão foram classificados para a Copa do Brasil de 2009, caso um destes esteja classificado à Libertadores de 2009, a vaga foi repassada para o próximo colocado do campeonato.
Critérios de Desempate
Número de vitórias
Saldo de gols
Gols pró
Confronto direto
Sorteio
Turno
A 1ª Fase do campeonato foi definida pela alternância entre Criciúma e Avaí na liderança do campeonato até a última rodada, quando o Figueirense, que sempre esteve próximo dos líderes, foi campeão. O Avaí manteve a vantagem na maior parte, contudo, no final, a derrota no clássico de 3x0 para o Figueirense em plena Ressacada; o "tropeço", em casa, por 3x2 para a atual campeã, Chapecoense, após estar ganhando de 2x0 e a perda na última rodada para o tigre por 1 x 0 no Estádio Heriberto Hülse acabaram com as esperanças avaianas, ficando com o modesto 3º lugar. O clube do sul do estado não aproveitou, além de ter perdido para o Figueirense e empatado com o Joinville no início do campeonato, o "Tigre" tropeçou no final, empatando com o Atlético Tubarão em casa (Na estreia em seu estádio) e perdendo para o Guarani de Palhoça. O título ficou com o Figueirense, o alvinegro venceu todos os clássicos e se manteve invicto na competição, mas os empates com alguns clubes pequenos o afastaram da liderança durante o campeonato, só assumindo-a na última rodada. O Joinville começou bem, mas depois de perder para o Avaí por 3 a 0 fora de casa, não ganhou mais nenhuma. A atual campeã, Chapecoense começou pessimamente, ficando por várias rodadas na lanterna, entretanto, recuperou-se e terminou em 6º. A surpresa do turno foi o Metropolitano que, após perder os 2 primeiros jogos, se manteve invicto até a última rodada, derrotando a Chapecoense, empatando com o Avaí e Figueirense, o primeiro em casa e o segundo fora.
* Partida iniciada quinta-feira, à noite, quando acabou a luz no estádio, aos 24 minutos do primeiro tempo, sendo o placar: 1 a 0 para o Atlético de Ibirama. Na sexta-feira, às 17:00, a partida recomeçou a partir dos 24 minutos ("Falta de luz adia jogo em Brusque").
** Partida iniciada quarta-feira, às 21:00, quando acabou luz no estádio, durante um escanteio para o clube da capital, aos 10 minutos do segundo tempo, sendo o placar: 2 a 1 para o Figueirense. Na quinta-feira, às 20:30, a partida recomeçou aos 10 minutos na cobrança de escanteio ("Figueira vence, mas jogo não acaba").
*** Logo depois do segundo gol do Brusque, acabou a luz no estádio, recomeçando o jogo 19 minutos depois .
Returno
A 2ª Fase do Campeonato foi definida pelo duelo pela liderança entre o Criciúma e os times da capital, sendo que nas primeiras rodadas, o Figueirense era o candidato e nas últimas, o Avaí. Quem conquistou, no final, foi o "Tigre", que derrotou o clube alvinegro, em casa, por 3 a 1 e empatou, fora de casa, com a equipe avaiana por 1 a 1. Outro destaque foi a briga para fugir do rebaixamento entre Brusque, Guarani, Juventus, Joinville e Atlético Tubarão. Quem escapou foram os dois últimos.
O time do sul do estado foi campeão de forma invicta e manteve uma ótima campanha durante todo o returno, só tropeçando contra o Atlético de Ibirama e com o Atlético Tubarão, ao empatar com ambos, jogando fora de Criciúma.
O Figueirense, campeão do turno, perdeu a invencibilidade no campeonato, logo na primeira rodada, para o Juventus de Jaraguá do Sul. Esse resultado não abalou a equipe da capital, pois realizou várias goleadas, assumindo a liderança, sendo o grande favorito. A boa fase terminou ao ser derrotado, nos clássicos pela equipe criciumense, fora de casa e pelo arquirrival, Avaí, em pleno Estádio Orlando Scarpelli, quebrando um tabu de 20 anos sem perder, em casa, para os "Leões da Ilha", no estadual. Para completar, o clube perdera a chance de disputar o segundo jogo da final no seu estádio, ao perder, em Florianópolis, para o Marcílio Dias.
O Avaí começou em crise, empatou com o Atlético Tubarão e com o Metropolitano, na Ressacada; perdeu para o Marcílio Dias, em Itajaí e conquistou uma modesta vitória de 2 a 1 contra o Guarani de Palhoça, em seu estádio, mas com o mando de campo do "Bugre". Após a demissão do técnico Sérgio Ramirez e a entrada do desconhecido Silas, iniciou-se um grande período à equipe da capital, vencendo 6 jogos consecutivos, sem levar um único gol. Dentre eles, destaca-se o resultado de 2 a 0 sobre o rival Figueirense, no estádio dele. O "Leão da Ilha", apesar disso, não conquistou o returno, pois empatou com o Criciúma na Ressacada, na última rodada.
A surpresa do returno foi o Atlético Tubarão, o time de pior campanha do turno. A equipe do sul do estado terminou a 2ª fase na quarta colocação e escapou do rebaixamento, vencendo, além dos confrontos diretos contra os "desesperados", o Atlético de Ibirama, a Chapecoense e empatando com o Avaí e com o Criciúma. O Metropolitano fez uma campanha regular, o suficiente para garantir a vaga à Série C do Campeonato Brasileiro de 2008. O Marcílio Dias apresentou resultados razoáveis, os destaques foram as vitórias em cima dos clubes da capital. O Joinville, ameaçado do rebaixamento, se recuperou nas últimas rodadas e garantiu a permanência na elite catarinense, com antecedência, mas continua decepcionando a torcida, pelo fato de ser uma das equipes mais tradicionais do estado. O Atlético de Ibirama liderou nas primeiras rodadas e depois teve uma queda de nível. A campeã do estado - Chapecoense - também iniciou bem, mas a impossibilidade de conquistar alguma coisa e de rebaixamento, na metade do 2º turno, causaram uma piora no desempenho. O Guarani de Palhoça foi o "lanterninha", fazendo uma péssima campanha, sendo rebaixado na última rodada ao perder para o clube tubaronense. O Juventus realizou o feito de acabar com a invencibilidade do Figueirense e só, após péssimos resultados, a equipe foi rebaixada. O Brusque começou mal e terminou pior ainda, não escapando do rebaixamento.
* O Atlético de Ibirama foi punido pelo cai-cai, realizado no jogo contra o Avaí. Por causa disso, o placar foi alterado de 2 a 0 para 3 a 0. Ver Mais
** O jogo entre o Marcílio Dias e Atlético de Ibirama foi adiado, visto que os refletores do Estádio Hercílio Luz estavam em processo de corrosão, sendo um perigo aos torcedores. Eles não foram retirados a tempo da data prevista para a partida, tendo a data desta alterada para uma melhor segurança.
*** O Joinville foi punido pelo Tribunal de Justiça Desportiva, pelo fato de um torcedor do "JEC" ter invadido o gramado da Arena Joinville, no jogo contra o Marcílio Dias, no turno do estadual. A punição foi a perda de um mando de campo para o clube do norte do estado e mais uma multa de R$1000,00. Aquela ocorreu na 10ª rodada do returno, na partida com o Metropolitano, onde estes jogaram no Estádio Hercílio Luz, em Itajaí, considerado um estádio neutro.
Classificados para o Campeonato Brasileiro da Série C 2008
Rebaixados para a Divisão Especial de 2008.
Final
A final foi disputada em uma chave com dois times, onde foram realizados dois jogos. O clube que somou mais pontos, independente do saldo de gols, foi declarado Campeão Catarinense de 2008. Se houve um empate de pontos, o jogo foi decidido na prorrogação (com o placar zerado), caso este persistisse, a partida seria definida nos pênaltis.
O primeiro jogo resultou com a vitória do Figueirense por 1 a 0, no Estádio Orlando Scarpelli. O segundo, o Criciúma venceu por 3 a 1, de virada, no Estádio Heriberto Hülse. O campeonato foi definido na prorrogação, com 1 a 0 para o clube da capital. Assim, este consegue o 15º título, dois a mais que o rival Avaí e o primeiro longe de casa. Já a equipe do sul do estado, perde o segundo estadual seguido em seu estádio e continua com nove títulos, 3 a menos que o Joinville.
*O Figueirense teve a primeira partida jogada em casa, pois somou menos pontos na classificação geral.
Itálico Campeão Catarinense de 2008
Primeiro Jogo
O primeiro jogo foi disputado no Estádio Orlando Scarpelli, pois o Figueirense somou menos pontos na Classificação Geral. Ambas as equipes vinham desanimadas com resultados anteriores: o clube alvinegro tinha perdido a chance de disputar a segundo jogo com o mando de campo; já o Criciúma, apesar de conquistar o título do returno, fora eliminado da Copa do Brasil, em Criciúma, para o Vasco.
As equipes jogaram em um estádio quase lotado, com cerca de 15.000 pessoas, recorde de público do campeonato. A partida começou com o domínio do time da casa. Isso logo se converteu em um gol, pois aos oito minutos, em uma cobrança de falta de Cleiton Xavier, o Figueirense abriu o placar com Edu Sales, que havia desviado a bola com as costas. Após isso o equilíbrio tomou conta do jogo, quando tinha um perigoso ataque alvinegro, em seguida havia um contra-ataque tricolor. No segundo tempo, quem levava a vantagem era o Criciúma, o "Tigre" atacou a maior parte da etapa final, não empatando por erros fatais e pela competência do goleiro Wilson. No final, o clube mandante partiu para a ofensiva, mas sem resultados. Assim, o espetáculo terminou 1 x 0 para o "Furacão do Estreito", que joga por um empate no Estádio Heriberto Hülse. Um fato curioso é que, o Orlando Scarpelli foi o único local onde o finalista do sul do estado não somou pontos no campeonato, como visitante (perdeu as duas para o Figueirense e uma para o Guarani; venceu a Chapecoense apenas como mandante).
O segundo jogo foi disputado no Estádio Heriberto Hülse, pois o Criciúma apresentou uma maior pontuação na Classificação Geral. Não havia favoritismo, porque, apesar de o Figueirense ter vencido o primeiro jogo, o tricolor do sul do estado jogava em casa e tivera melhor desempenho no primeiro confronto, mesmo com a derrota. O time alvinegro tinha o desfalque do experiente meia Fernandes, com uma lesão na coxa. Já o "Tigre" estava com o elenco completo.
Recorde de público do campeonato: cerca de 18000 espectadores assistiram à finalíssima do Catarinense. A partida começou equilibrada com poucos lances de perigo. Por volta dos 20 minutos, o clube da casa ameaçou, perigosamente, o goleiro Wilson. O contra-ataque alvinegro foi fatal, um minuto depois do lance anterior, Cleiton Xavier abrira o placar. A partir daí, houve poucos ataques do visitante, pois o domínio era tricolor. O controle do jogo logo resultou no gol de empate: após cobrança de falta de Reginaldo Araújo, Cláudio Luiz cabeceou e marcou. Final da primeira etapa: 1 a 1. No segundo tempo, mais uma vez o domínio era do "Tigre" e, já aos 15 minutos, este virou o placar com Zulu, que estava em posição irregular, mas não vista pelo auxiliar. Em seguida, ambos realizaram ofensivas e quem se deu bem foi, mais uma vez, a equipe mandante. Num lance semelhante ao primeiro gol, Cláudio Luiz fez, novamente, de cabeça e após uma cobrança de falta. Final da segunda etapa: 3 a 1 para o Criciúma. O espetáculo foi para a prorrogação com o placar zerado, pelo fato de não haver critério de saldo de gols e cada time ter vencido uma partida. Os primeiros 15 minutos foram mornos, com poucas chances, o que não ocorreu nos finais. Grandes tentativas marcaram a segunda parte do prologamento e, aos 4 minutos, Bruno Santos, após bela jogada de Cleiton Xavier e Marquinho, furou a zaga adversária e fez o gol que calou o Heriberto Hülse. Os vencedores do segundo turno tentaram reagir, mas a expulsão de Jael e as magníficas defesas do goleiro Wilson, nos 10 últimos minutos, definiram o campeonato. Final da etapa extra: 1 a 0 e o Figueirense foi campeão estadual de Santa Catarina de 2008.