Louro (do latimlaurus) é uma cor dos cabeloshumanos que oscila entre o castanho claro ou “loiro escuro” e o amarelo dourado, caracterizada por baixos níveis de pigmentos escuros eumelanina e altos níveis de feomelanina.[1]
Outros termos para pessoas louras são laurícomos e lauricápilos (do latim, laurus, o louro, comma, cabeleira e capilum, cabelo), flavícomos (flavius, amarelo), fulvícomos (fulvius, cor de fogo) e blondícomos (blundus).
Origens
Cabelos louros ocorrem naturalmente em humanos de todas as etnias, mas em um grau tão pequeno que é difícil de ser notado na maior parte das populações. Em populações da Europa, a ocorrência de cabelos loiros é mais frequente. É uma das características de alguns fenótipos nos indivíduos brancos caucasianos.
Baseado em recentes estudos genéticos, é provável que humanos com cabelos louros tornaram-se mais numerosos na Europa cerca de onze mil anos atrás, durante a última Idade do Gelo.[2][3]
Nos portugueses, há uma ocorrência relativamente expressiva de cabelos louros entre os nativos do norte de Portugal. Com efeito, nas regiões de Minho, Trás os Montes, Douro Litoral, Beira Litoral e Beira Alta, há a ocorrência de cabelos claros maior que no resto do país. A maior concentração nacional ocorre na região da Póvoa de Varzim, no litoral norte, onde atinge 14,3 a 15,1% da população.[6][7]
Melanésia
Os cabelos louros surgiram também na Melanésia, independentemente da mutação genética que levou os europeus a terem cabelos louros.[8] Junto com os aborígenes da Austrália, os melanésios constituem um dos grupos que não possuem origem europeia mas têm cabelos louros. A origem dos cabelos louros dos melanésios foi traçada a uma mutação genética no gene TYRP1, única nesse grupo.
Nas Ilhas Salomão, a mutação em questão atinge a frequência de 26%.[9]
↑Gray, John. (1977). The World of Hair, A Scientific Companion, Macmillan Press Limited
↑Tamagnini Eusebio: "A Pigmentacao dos Portugueses". Coimbra: Universidade de Coimbra. Instituto de Antropologia Portuguesa, 1936. Contribuicoes para o Estudo da Antropologia Portuguesa. Vol. VI, no. 2, 1936 pp. 121–197.
↑Mendes Correa: American Journal of Physical Anthropology, Vol 2, 1919.