No continente americano, é endêmica nos Estados Unidos; há relato de casos no Brasil, no México, no Canadá, no Chile, na Costa Rica, na Colômbia e na Venezuela. O homem adquire a B. burgdorferi pelas picadas indolores e prolongadas das ninfas dos carrapatos, por isso a maioria dos pacientes nao se recorda ter sido picado. [2] O mesmo carrapato também transmite anaplasmose e babesiose, e inclusive pode passar todas ao mesmo tempo.
A Doença de Lyme pode cursar espontaneamente, pode ter poucos sintomas ou pode causar sérios distúrbios neurológicos, cardíacos, oftalmológicos, articulares e cutâneos. O primeiro sintoma é o eritema migrante, dois círculos vermelhos na pele no local da picada que crescem. A segunda fase aparecem inflamações articulares, neurológicas, cardíacas ou oftalmológicas que ainda são fáceis de ser tratadas. Na terceira face aparecem complicações reumatológicas, neurológicas, oftalmológicas e cutâneas persistentes e mais difíceis de tratar.[3]
A Borrelia burgdorferi expressa sete proteínas de união a plasminógenos e proteínas de união C para evadir respostas do sistema complemento. Pode sobreviver sem ferro. [5]
Tratamento
Complicações neurológicas, cardíacas ou oftalmológicas podem ser tratadas com ceftriaxona 2g/dia IV por 21 a 28 dias ou penicilina cristalina, 18-24 milhões de UI/dia IV divididas em seis doses diárias durante 21 a 28 dias.[6]
Referências
↑Motaleb, Mohammed; Corum, Linda; Bono, James; Elias, Abdallah; Rosa, Patricia; Samuels, D. Scott; Charon, Nyles. "Borrelia burgdorferi periplasmic flagella have both skeletal and motility functions". NCBI. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America.
↑Wormser GP, Dattwyler RJ, Shapiro ED. The clinical assessment, treatment and prevention on Lyme disease: clinical practice guidelines by the Infectious Diseases Society of America. Clin Infect Dis. 2006;43:1089-1134.