A dominicana Marileidy Paulino conquistou a medalha de ouro, estabelecendo o novo recorde olímpico (48s17). A medalha de prata ficou a atleta nascida na Nigéria e radicada no Bahrein, Salwa Eid Naser (48s53). O bronze ficou com a polonesa Natalia Kaczmarek (48s98).[1]
Resumo
Allyson Felix, tricampeã olímpica e medalhista de bronze em Tóquio hava se aposentado. A bicampeã olímpica Shaunae Miller-Uibo, que havia tido um filho em abril de 2023, retornava às Olimpíadas para tentar defender seu título. A medalhista de prata na última Olimpíada e campeã mundial em 2023, Marileidy Paulino, era uma das favoritas ao ouro olímpico. Outros nomes de destaque eram Natalia Kaczmarek, que havia sido medalhista de prata do último mundial e era a atual campeã europeia, Sada Williams (medalhista de bronze nos mundiais de 2022 e 2023), Salwa Eid Naser (campeão mundial em 2019) e Nickisha Pryce, detentora do então melhor tempo da temporada, com 48s57.[2]
Shaunae Miller-Uibo Miller-Uibo não passou da primeira rodada. Ela sentiu uma lesão durante sua bateria e terminou a prova andando.[3][4] As baterias da primeira rodada foram vencidas por Salwa Eid Naser, Nickisha Pryce, Amber Anning, Natalia Kaczmarek, Marileidy Paulino e Rhasidat Adeleke.[5]
Na primeira semifinal, Salwa Eid Naser terminou na primeira posição com o tempo de 49s08, seu melhor tempo da temporada. A segunda vaga da bateria ficou com Rhasidat Adeleke. Já na semifinal seguinte, Marileidy Paulino e Alexis Holmes garantiram vaga para final. Nickisha Pryce acabou em quarto nessa bateria e acabou não avançando para a final. Natalia Kaczmarek terminou em primeiro na última bateria, sendo acompanhada de perto por Amber Anning, que bateu seu recorde pessoal. As classificadas pelo tempo foram Sada Williams (49s89) e Henriette Jæger (50s17).[6]
Na final, Naser largou mais rápido, com Alexis Holmes e Anning um pouco atrás. Na reta posterior, Paulino se aproximou de Naser, assumindo a primeira posição nos primeiros 150 m. Paulino, que já tinha grande vantagem sobre Nasser, diminui o ritmo nos metros finais e mesmo garantiu a vitória e o quebrou seu próprio recorde pessoal e o recorde olímpico de 28 anos de Marie-José Pérec.[7] Naser cruzou a linha de chegada em segundo, conquistando a medalha de prata. No últimos 50 metros, Kaczmarek ultrapassou Adeleke e conquistou a medalha de bronze.[8] É primeira prova na história dos 400 m em que todas as oito finalistas terminaram abaixo de 50 segundos.[9]
Histórico
Esta foi a décima sexta vez que os 400 metros feminino foram disputados nas Olimpíadas. Essa prova está presente no programa de atletismo olímpico desde o 1964.[10]
Recordes globais antes das Olimpíadas de 2024[11][12]
Para a prova feminina de 400 metros, o período de qualificação foi entre 1 de julho de 2023 e 30 de junho de 2024. Até 48 atletas poderiam se qualificar para o evento, com um máximo de três atletas por país, atingindo o índice olímpico de 50s95 ou pelo ranking da World Athletics.[14]
Resultados
Primeira rodada
As baterias da primeira rodada foram realizada no dia 5 de agosto, a partir das 11h55 (UTC+2). A competição contou com 47 atletas, com as três primeiras de cada bateria (Q) avançando para as semifinais. Todos as demais poderiam disputar a repescagem (exceto DNS, DNF e DQ) para tentar avançar para as semifinais.[5]