As diferentes espécies foram transformadas com o passar do tempo, assim surgindo novas espécies, este processo é chamado de evolução. Em um primeiro momento acreditava-se que as espécies eram imutáveis, porém com a adesão de conhecimentos e surgimento de evidências, como fósseis, desencadeou o interesse pelo estudo na área, e, analisando outros fatores, como a genética e semelhanças entre espécies, foi percebido que todos os seres vivos evoluíram e continuam em constante processo de evolução, podendo até causar o surgimento de novas espécies.[1]
A grande diversidade do mundo vivo despertou desde cedo nos cientistas a necessidade de organizarem sistemas de classificação. Alguns dos mais primitivos baseiam-se no grupo de semelhança dos caracteres morfológicos, ou seja, na anatomia comparada. Podem encontrar-se muitas semelhanças na anatomia de indivíduos que, à primeira vista, nos parecem diferentes.
A análise comparativa dos membros dos vertebrados, por exemplo, permite estabelecer a existência de diferentes tipos de estruturas:
Estruturas homólogas: Estruturas de indivíduos diferentes ou não, herdadas do mesmo ancestral.
Os esqueletos dos membros anteriores dos vertebrados, apesar de desempenharem funções diferentes, apresentam um plano estrutural semelhante, que inclui ossos semelhantes na mesma posição relativa. Verifica-se, no entanto, diferenças em relação ao grau de desenvolvimento dos ossos e ao número de falanges dos dedos. Estas estruturas, com origens embrionárias semelhantes, são constituídas por ossos correspondentes, com um plano de organização semelhante, embora apresentem um aspecto diferente e desempenhem, neste caso, funções também diferentes.[2]
Como exemplos de estruturas homólogas podem ser citadas as patas de equídeos e caninos com os membros dos humanos, pois derivam dos membros do ancestral originário dos mamíferos, porém não estão desempenhando a mesma função.
Estruturas análogas
As estruturas análogas são resultado da evolução convergente, ou seja, grupos sem parentesco apresentam semelhanças na evolução, como a condição das aves e dos insetos de voarem e a condição dos golfinhos e peixes em viverem na água, porém estes não possuem um ancestral comum, a semelhança é apenas por causa de suas condições de morada.[3]
Em uma teoria pré-darwiniana e não-evolutiva, as diferenças análogas são explicadas por uma forma de vida compartilhada, como nos pássaros e morcegos que precisam das asas para voarem, sendo a existência destas asas funcional, com formas análogas.[4] Na natureza é frequente encontrar semelhanças entre organismos com origens muito diferentes. O aparecimento destas estruturas resulta, no mesmo meio, da seleção natural favorecer os indivíduos cujas características os tornam mais aptos, independentemente do grupo a que pertencem. Estabelecendo um conectivo entre os dois, ou seja uma comparação. Isso significa que têm a semelhança morfológica e funções iguais, mas a origem embrionária diferente.
Órgão vestigial
Órgão vestigial é um órgão sem utilidade e que normalmente apresenta o tamanho reduzido em dadas espécies, entretanto apresenta função definida em outras. Acredita-se que o organismo contendo o órgão vestigial seja evolutivamente mais complexo. Como exemplos destes órgãos podem ser citados o apêndice (nos coelhos servem para armazenar o alimento previamente digerido destes animais e é onde a celulose ingerida na alimentação do coelho também é digerida) e os ossos que movimentam as orelhas (ainda em uso nos cães e ursos).[3]
Órgãos vestigiais são vistos como evidência da evolução, pois são considerados provas que todos os organismos partiram de um ancestral comum, tomando rumos diferentes no decorrer da irradiação adaptativa e especiação, chegando a um ponto onde tais órgãos não têm mais utilidade em outro organismo e atrofiam-se ou até mesmo são inexistentes.