Alda d'Este
FamíliaAlda foi a segunda filha e criança nascida de Obizzo III d'Este, senhor de Ferrara, e de sua amante, mais tarde esposa, Filipa Ariosti. Os seus avós paternos eram Aldobrandino II d'Este, marquês de Ferrara, e Alda Rangoni. Os seus avós maternos eram Iacopo Ariosti, um nobre de Bolonha, e sua esposa de nome desconhecido. Alda teve uma irmã mais velha, Beatriz, a segunda esposa de Valdemar I, Príncipe de Anhalt-Zerbst, além de nove irmãos mais novos, entre eles: Aldobrandino III, marido de Beatriz de Camino, Nicolau II, marido de Verde della Scala, Alberto V, pai de Nicolau III d'Este, etc. BiografiaAlda se casou com Luís II (também conhecido como Ludovico I), filho do condotiero Guido Gonzaga e de Beatriz de Bar, em 16 de fevereiro de 1356. Ela tinha 22 anos, e ele tinha, 21 ou 21. O casal teve dois filhos, Francisco e Isabel. A senhora de Mântua fazia parte de uma rede de comunicações com as cortes de Ferrara, Rimini e Pésaro, a qual incluía Margarida Malatesta, Isabel e Margarida Gonzaga. [1] SepulturaAlda faleceu em 26 de setembro de 1381, aos 48 anos, e foi enterrada na Capela Gonzaga no mausoléu dos senhores de Mântua, Igreja de São Francisco, em Mântua. Luís mandou erguer um monumento em homenagem à esposa falecida.[2] Nas coleções do Palácio Ducal (no apartamento de Guastalla, na Corte Vecchia), encontra-se a escultura funerária em mármore de Alda atribuída a Bonino da Campione. O túmulo era originalmente composto por quatro colunas sobre as quais estava posicionada a imagem da falecida, acompanhada por duas inscrições colocadas em ambos os lados, também hoje preservadas no Palácio Ducal. Em 1802, o túmulo foi desmontado e os restos mortais foram transferidos para a igreja de Sant'Andrea, e chegaram ao Palácio Ducal apenas em 1928. Desde o século XIX, acredita-se que a personagem retratada no mármore seja Margherita Malatesta, esposa de Francesco Gonzaga. que faleceu em 1399. No entanto, alguns detalhes do vestuário, intimamente ligados à moda em voga até a década de 1480, bem como a idade do falecida, evidenciam que se trata de uma representação de Alda.[3] Quanto ao artista responsável pela obra, foi proposto o nome de Bonino da Campione, escultor ativo em Milão para Barnabé Visconti, para quem criou o monumento funerário hoje preservado no Castello Sforzesco, e em Verona, onde executou o arca do Cansignorio Della Scala. Típico deste artista são o forte naturalismo do rosto, em que se delineiam de forma característica os traços fisionômicos, bem como os sinais deixados pela idade, e a atenção à representação dos detalhes do vestuário, visíveis, por exemplo, na elegante giornea com longa fileira de botões e mangas de arminho. O escultor foca nesses aspectos, aparentemente secundários, para destacar o prestígio e a riqueza da família Gonzaga.[3] Descendência
Referências
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