Afonso I d'Este
Afonso I d'Este (Ferrara, 21 de julho de 1476 — Ferrara, 31 de outubro de 1534), foi duque de Ferrara, senhor de Rovigo e duque de Módena e Régio, de 1505 a 1520 e depois, de 1527 a 1534.[1] BiografiaEle foi o terceiro dos sete filhos de Hércules I d'Este (1431-1505), Duque de Módena e de Régio, Duque de Ferrara (1471), senhor de Rovigo, casado em 1473 com Leonor de Aragão (1450-1493), filha de Fernando I, Rei de Nápoles. Príncipe humanista mas cruel, Hércules I foi protector de poetas.[1] Teve um primeiro casamento em 1491, ainda adolescente, com uma filha de Galleazzo I Sforza, Duque de Milão, Anna di Galeazzo Maria Sforza, morta onze anos mais tarde, da qual teve um filho, Alexandre, que morreria jovem.[1] Em 1505, após a morte do pai, Afonso tomou seu lugar. Um ano mais tarde, reprimiu a conjura dos irmãos Ferrante e Giulio d'Este.[2] Voltou a casar-se em 1506, com Lucrécia Bórgia (Roma, 1480 - Ferrara, 1519), filha do cardeal Rodrigo Bórgia (Papa Alexandre VI) e de Vannozza dei Cattanei.[2] Lucrécia era mulher inteligente a quem, no verão de 1501, em suas ausências, o Papa confiara a administração da Santa Sé, mas não deixava de ser um instrumento da política familiar. O casal reunia na sua corte, em Ferrara, artistas e letrados como Pietro Bembo e Ariosto, do qual Afonso foi protetor e a quem encarregou de missões de confiança em 1518).[3] DescendênciaCom Lucrécia, Afonso teve cinco filhos:
Da amante Laura Dianti, teve dois filhos:
Enviuvando novamente, Afonso casou-se com Laura Dianti. Em 1508, participou da Liga de Cambrai contra Veneza. Afonso foi privado das suas posses e excomungado pelo Papa Júlio II, em 1509, por ter-se recusado a aderir à paz acordada entre o Papado e Veneza, em 1510. Combateu a Liga Santa, ao lado da França, participando decisivamente da Batalha de Ravena, em 11 de abril de 1512, apoderando-se da cidade. Na mesma ocasião morreu o comandante das tropas francesas Gastão de Foix, Duque de Nemours.[2] Obteve a revogação da excomunhão mas não a reintegração de posse dos seus bens, o que só conseguiria em 1530, graças a Carlos V do Sacro Império Romano-Germânico, o qual, no ano seguinte, confirmou, com uma sentença imperial, a posse de Módena, Régio e Rubiera. Referências
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