Abel Epalanga Chivukuvuku
Abel Epalanga Chivukuvuku (Bailundo, 11 de novembro de 1957) é um linguista, administrador e político angolano, figura de destaque na oposição. É deputado da Assembleia Nacional desde 1992. É também militar das Forças Armadas de Angola. BiografiaAbel Chivukuvuku nasceu na vila-comuna de Luvemba, no município de Bailundo, província do Huambo.[1] Seu pai era Pedro Sanjando Chivukuvuku e sua mãe era Margarida Chilombo Chivukuvuku.[1] Fez seus estudos primários em Cachiungo[1] e frequentou, em Huambo, o Liceu Nacional Norton de Matos (actual Escola Secundária Comandante Bula Matadi), que concluiu em 1975.[2] Trajectória políticaIntegrou-se à União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) em 1974,[2] trabalhando na mobilização de jovens para a organização no Huambo.[1] Em 1976,[1] durante a Guerra Civil Angolana, foi alistado no braço armado da UNITA, as Forças Armadas de Libertação de Angola (FALA),[2] trabalhando nos serviços de comunicação das referidas forças militares.[1] Entre 1982 e 1986 foi promovido a tentente e chefe adjunto dos Serviços de Inteligência Militar das FALA, com escritório em Quinxassa.[2] No ínterim, serviu como diplomata especial do partido em várias ocasiões.[1] Em 1986 foi enviado à Alemanha Ocidental para receber treinamento em telecomunicações e serviços de inteligência militares, recebendo a partente de tenente-coronel.[2] Foi designado como representante adjunto da UNITA em Portugal em 1987, quando segue para o Reino Unido onde exerceu idênticas funções.[2] Neste país ingressou na Universidade de Cambrígia onde licenciou-se em língua inglesa.[2] Já com a patente de brigadeiro, entre 1989 e 1991 representou a UNITA junto da Organização das Nações Unidas (ONU)[1] e dos países do Leste Europeu, tendo sido depois nomeado chefe adjunto da delegação da UNITA na Comissão de Conjunta Político-Militar (CCPM).[2] Em 1992, no início do multipartidarismo em Angola, foi designado secretário de relações externas da UNITA, desempenhando também as de cabeça de lista para as eleições parlamentares daquele ano.[2] Em 1993, aquando da retomada da Guerra Civil, foi ferido em Luanda e mantido sob custória pelo governo angolano durante um ano.[2] A seguir, passou a ser assistente político do presidente da UNITA, Jonas Savimbi, em cujo nome manteve contactos com José Eduardo dos Santos, presidente de Angola.[2] Ao mesmo tempo, exerceu as funções de deputado, sendo líder da bancada da UNITA em 1997/1998.[2] Em 2001 foi enviado pelo partido para licenciar-se em relações internacionais na Universidade da África do Sul, especializando-se na mesma instituição em administração do desenvolvimento.[3][4] Terminada a Guerra Civil, em 2002, foi eleito para as funções de secretário para assuntos parlamentares, constitucionais e eleitorais da UNITA.[3][4] Manifestando desde 2010 a sua insatisfação com e postura intransigente e pouco pragmática da UNITA e do seu presidente, Isaías Samakuva,[3] Chivukuvuku demitiu-se como membro deste partido,[3] fundando em março de 2012 um novo movimento partidário que culminou na Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE).[5][6] Liderança em franca ascensão, levou a coligação a surpreendentes resultados eleitorais em 2012[4] e 2017.[7] Em fevereiro de 2019 Chivukuvuku foi destituído da liderança da CASA-CE, tomando seu lugar André de Carvalho Miau,[8] e depois Manuel Fernandes.[9] Tentou fundar o "Partido do Renascimento Angolano-Juntos por Angola" (PRA JA-Servir Angola), mas teve o pedido indeferido e foi obrigado a refiliar-se à UNITA para participar das eleições gerais de Angola de 2022 como vice-cabeça de lista da agremiação, reelegendo-se para mais um mandato como deputado.[10] Vida pessoalÉ casado com Maria Vitória Chivukuvuku e tem dois filhos.[2] Referências
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