A Menina Que Matou os Pais: A Confissão
A Menina Que Matou os Pais: A Confissão é um filme de drama policial brasileiro de 2023, dirigido por Mauricio Eça e roteirizado por Ilana Casoy e Raphael Montes, baseado nos autos do processo do Caso Richthofen. O filme é estrelado por Carla Díaz e Leonardo Bittencourt e trata-se de uma sequência direta após os acontecimentos dos primeiros filmes, A Menina Que Matou os Pais e O Menino Que Matou Meus Pais, desta vez narrando os fatos através da ótica policial. O elenco conta ainda com as atuações de Bárbara Colen, Allan Souza Lima, Augusto Madeira e Débora Duboc nos demais papéis centrais. A Menina Que Matou os Pais: A Confissão teve sua estreia nacional em 27 de outubro de 2023 pela Amazon Prime Video.[3] Produzido pela Santa Rita Filmes em coprodução com a Galeria Distribuidora e o Grupo Telefilms, o filme é o terceiro e último filme da trilogia que conta a história sobre o Caso Richthofen.[4] O filme foi recebido com avaliações mistas por parte da crítica especializada, que elogiou a desumanização de Suzane e a atuação de Carla Díaz, no entanto foi considerado superficial para finalizar a trilogia do true crime.[5] EnredoEm uma sequência direta aos acontecimentos dos primeiros filmes, acompanhamos os dias após o crime até a revelação de que Suzane, foi de fato a responsável por planejar o assassinato dos pais, executado pelo namorado da então estudante, Daniel Cravinhos e o irmão dele, Cristian.[6] Elenco
ProduçãoO terceiro filme da trilogia preserva a maior parte do elenco e conta com o retorno do diretor Mauricio Eça. Em 2021, A Menina que Matou os Pais e O Menino que Matou Meus Pais foram lançados simultaneamente, apresentando diferentes perspectivas da história contadas pelos próprios autores.[9] Concluindo a trilogia, o filme mais uma vez adapta o livro "Casos de Família - Arquivos Richthofen", de Ilana Casoy, com roteiro escrito em colaboração com Raphael Montes. Carla Díaz, interpretando Suzane, Leonardo Bittencourt como Daniel Cravinhos, e Allan Souza Lima no papel de Cristian Cravinhos retornam ao elenco do terceiro filme. Ao elenco principal foi convidada a Bárbara Colen, que interpreta a delegada Helena.[10] Um dos principais focos da produção é investigar a personalidade de Suzane; no entanto, o título sugere uma atenção especial ao ponto de vista de Daniel Cravinhos, retratando a filha dos Richthofen com a mesma vilania apresentada em A Menina Que Matou os Pais.[10] Apesar de Suzane ser culpada de um crime chocante, sua construção no filme é superficial e unidimensional.[10] As gravações do filme foram concluídas em 12 de setembro de 2022.[11] Em uma entrevista Aventuras na História, a atriz Carla Díaz abordou o roteiro e as gravações dos filmes. Quando questionada sobre as diferenças em sua atuação nos dois primeiros filmes em comparação com o terceiro, Carla explicou que, devido ao "desenrolar da investigação", o roteiro do terceiro filme foi "mais denso" em relação aos anteriores. Ela destacou a principal distinção no roteiro, observando que os dois primeiros apresentavam duas versões distintas do mesmo caso, enquanto o terceiro focava no desenvolvimento da investigação.[12] A atriz enfatizou que todos os filmes foram baseados nos autos do processo e destacou o desafio intenso enfrentado em cada um deles. Concluindo, Carla expressou seu respeito pelo projeto, ressaltando a atmosfera densa e as cenas desafiadoras do último filme.[12] LançamentoO filme lançado diretamente no streaming da Amazon Prime Video em 27 de outubro de 2023, sendo disponibilizado simultaneamente em diversos territórios.[4] RecepçãoResposta da críticaA Menina Que Matou os Pais: A Confissão teve uma recepção mista pelos críticos de cinema. A performance do elenco foi o ponto mais elogiado do filme, sobretudo a de Carla Díaz no papel da protagonista. Ao jornal Metrópoles, Juliana Barbosa escreveu que Díaz "nunca esteve tão bem em uma produção" como no filme.[13] Barbosa ainda escreve que, ao contrário de outras produções de true crime, o filme de Mauricio Eça opta por não humanizar a garota responsável pelo planejamento do brutal assassinato de seus próprios pais, Manfred e Marisia Richthofen. Ao contrário da abordagem adotada pela Netflix em Dahmer: Um Canibal Americano, o filme retrata Suzane de maneira repulsiva, sem conceder qualquer traço de humanidade à protagonista.[13] Flávio Pinto, do website Omelete, avaliou o filme negativamente. Segundo o crítico, o terceiro filme sobre o assassinato dos Richthofen aborda a reconstituição do crime de forma sensacionalista e anedótica, sem aprofundar significativamente a exploração dos personagens. Suzane, ora retratada de maneira quase diabólica, ora como vítima, não permite uma compreensão coesa de sua complexidade. A tentativa de humanizá-la através de recursos visuais é obscurecida pela falta de espaço no roteiro para explorar o fluxo de consciência dos personagens. A atuação de Leonardo Bittencourt como Daniel transmite de forma convincente sua parcela de culpa, enquanto Carla Diaz, como Suzane, é descrita como quase uma Norma Desmond da classe alta paulistana, caracterizada por um olhar vazio e delírios de grandeza. No contexto do gênero true crime, o filme perde a oportunidade de aprofundar a investigação e os pontos cruciais do inquérito que levaram à prisão do trio, deixando a tão esperada confissão comprimida nos momentos finais.[14] Hiccaro Rodrigues, do Estação Nerd, escreveu que o filme é o "encerramento satisfatório de um true crime nacional que não deixa a desejar em nada quando comparado com produções americanas do gênero. Com mais uma atuação épica de Carla Díaz e com um elenco inspirado, o filme chega no Prime Video para fazer a alegria dos fãs do gênero".[15] Já André Melo, do website Canaltech, fez críticas ao desempenho dos atores principais dizendo que o elenco, que inclui nomes como Bárbara Colen e Che Moais, que se destacam pelo desempenho competente, mas ao focalizar o trio principal, há uma disparidade significativa. Enquanto Allan Souza Lima apresenta cenas convincentes, especialmente quando a pressão policial se intensifica sobre os culpados, Leonardo Bittencourt e Carla Díaz protagonizam momentos que parecem saídos de uma peça de teatro escolar. Em uma cena específica em que tentam forjar provas, o diálogo é fraco, a interação parece pouco convincente e mais adequada a uma produção escolar do ensino médio do que ao profissionalismo esperado de dois atores. Embora haja momentos em que conseguem se destacar, a inconsistência geral faz com que os aspectos negativos eclipsam os positivos.[16] Ver tambémReferências
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