Foi professor de Literatura, colaborou nos Cahiers du cinéma desde a sua fundação e escreveu com Claude Chabrol um livro sobre Hitchcock. Assinou uma série de curtas-metragens entre 1954 e 1958, e em 1959 realizou seu primeiro longa-metragem, Le signe du lion.[2] Dirigiu diversos filmes para a televisão escolar entre 1964 e 1966 e, em 1967, La collectionneuse chamou de novo a atenção para o seu nome e o seu estilo.
Entre suas obras destacam-se os "Seis contos morais", ciclo realizado entre 1962 e 1972, composto pelos filmes de curta-metragem A padeira do bairro (La boulangère de Monceau,1962), de média-metragem A carreira de Suzanne (La carrière de Suzanne, 1963) e dos longas-metragens Minha noite com ela (Ma nuit chez Maud,1969), A colecionadora (La Collectionneuse,1967), O joelho de Claire(Le genou de Claire,1970) e Amor à tarde (L'amour l'après-midi, 1972). As histórias giram em torno do mesmo tema: “O narrador procura uma mulher e encontra outra, que monopoliza a sua atenção, até ao momento em que volta a encontrar a primeira”.[3]
Posteriormente, o cineasta viria a dirigir seis filmes do conjunto Comédias e Provérbios, quatro filmes de seus Contos das Quatro Estações e muitos outros.[4] Em 1976, seu drama de época A Marquesa d'O (título original em alemão Die Marquise von O), produção franco-alemã, recebeu o Grand Prix Spécial du Jury do Festival de Cannes.[5]
Realizador elegante e austero, do seu cinema disse Georges Sadoul[6] ser "elitista" e possuidor de uma exigência do absoluto, de diálogos cuidadosamente polidos e de imagens com frémitos puritanos. Rohmer era um cineasta de inspiração católica e, talvez por isso, há um fundo moral nos seus filmes que contam histórias simples, mas onde há uma especial harmonia entre a palavra e a imagem.