Zona arqueológica de Medina Elvira
A Zona Arqueológica de Medina Elvira é um sítio arqueológico situado entre os municípios de Atarfe e Pinos Puente, na província de Granada, Andaluzia, sul de Espanha. Deve o seu nome a Medina Elvira (ou Madinat Ilbira), uma cidade árabe, que remonta pelo menos ao século VIII e que foi a primeira capital da Taifa de Granada, o reino islâmico dos Zíridas, que depois foi transferida para Granada, situada pouco mais de 10 km a sudeste. No entanto, foram encontrados vestígios de ocupação bastante mais antiga, que remontam à época romana e visigótica. É também possível que seja o local da cidade romana de Elvira. O sítio arqueológico situa-se no sopé meridional da Serra Elvira, ocupando um anfiteatro natural e uma área de 332 hectares. O flanco norte é cercado por uma série de elevações: o Cerro del Sombrerete, Tajo Colorado, Cerro Almirez y Cerro de los Cigarrones, que aparentemente foram importantes para a localização das defesas da cidade. Muitas dos inúmeros achados arqueológicos da zona foram encontrados à superfície. CaracterísticasLocalizaçãoO padrão de localização das diferentes áreas da zona arqueológica depende, entre outras, da geomorfologia, existindo uma zona mais plana ou ligeiramente inclinada em que se encontra o principal edifício religioso (Cortijo de las Monjas), e um dos bairros (Cerro de los Cigarrones), outra zona de encostas suaves onde se estão as necrópoles (Pago de Marugán y Cortijo de los Cigarrones) e alguns cerros íngremes onde há estruturas poliorcéticas de evidente valor estratégico para a defesa da cidade (Cerro del Sombrerete). Em vários locais observam-se restos de pedreiras cuja datação precisa ainda não foi descoberta por falta de estudos aprofundados. O processo de deterioração do meio natural foi-se agudizando, devido à desnudação vegetal e de solo em amplas zonas ter aumentado a escorrência superficial nos glacis de erosão que provoca a formação de barrancos que agora afeta a zona. Existem dois grandes barrancos que cruzam a área desde a zona setentrional até à meridional: o da Mezquita e o de Marugán. A grande pressão antrópica sobre o meio, com atividades como pedreiras, lixeiras, etc., levaram a grandes transformações na configuração da área. IntervençõesNa Zona Arqueológica de Elvira conhecem-se, pontualmente mas com rigor científico, restos de assentamento e fortificações no Cerro del Sombrerete e restos de unidades domésticas e viárias dum bairro no Cerro de los Cigarrones, fruto de intervenções recentes. Num segundo nível encontram-se restos retirados por investigadores do século XIX e num terceiro nível encontram-se uma série de achados recolhidos em alguns trabalhos arqueológicos (Espinar, Quesada y Amescua, 1994). As principais intervenções podem resumir-se em:
Notas e fontes
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