Modificações semelhantes já haviam sido propostas séculos antes pelo enxadrista italiano Pietro Carrera.[1]
Características
As novidades introduzidas por Capablanca incluem um novo tabuleiro de 10 por 8 casas, além de duas novas peças, o Arcebispo, que combina os movimentos do Bispo e do Cavalo, e o Chanceler que une os movimentos da Torre e do Cavalo.
As novas peças possuem propriedades interessantes. Por exemplo, o Arcebispo tem a capacidade de dar sozinho o xeque-mate, desde que o Rei adversário esteja posicionado em uma das quatro casas no canto do tabuleiro
Capablanca previu que, em algumas décadas com o crescente conhecimento de estratégia e táticas pelos mestres, haveria uma grande quantidade de empates entre esses jogadores de elite. Deste modo, decidiu criar um novo jogo que preservaria o interesse pelo xadrez por mais um milênio.
Posição inicial de peças
No diagrama abaixo podemos visualizar as peças em sua posição inicial, onde o Arcebispo é colocado entre o Cavalo e o Bispo da Dama, o Chanceler fica na ala do Rei.
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Xadrez de Capablanca com suas peças em posição inicial.
Roque
No Xadrez de Capablanca valem as mesma regras do xadrez normal acerca do roque, com a diferença que o rei se move três casas para os lados para rocar, no lugar de apenas duas como no Xadrez Ortodoxo.
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Os Reis e Torres em suas posições iniciais, antes de efetuarem os roques.
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O Rei e Torre negros após o roque grande na ala da dama, indicando-se com o símbolo O-O-O, como na notação algébrica tradicional.
O Rei e Torre brancos após o roque pequeno na ala do rei, indicando-se com o símbolo O-O, como na notação algébrica tradicional.
Uma cuidadosa investigação da proposta de Capablanca revela inúmeras vantagens. As peças a serem acrescentadas eram ambas quase tão fortes quanto a Dama. Como contrapartes da última, que combina os poderes da Torre e do Bispo, Capablanca propôs um Chanceler. movimentando-se como uma Torre e como um Cavalo, e um Arcebispo, movimentando-se como um Bispo e como um Cavalo. Observei antes que o aumento da força da Dama, para seu nível atual, encurtou muito a duração do jogo. O acréscimo de mais duas poderosas peças reduziria novamente à metade o tempo de jogo. Assim, numerosas pessoas que não se conformam em ficar sentadas por vinte ou trinta minutos, mas que concordariam em praticar um jogo que demorasse apenas dez ou quinze minutos, transformar-se-iam em aficionados potenciais do xadrez. [...] Joguei com Capablanca muitas partidas experimentais, que raramente demoravam mais de vinte ou vinte e cinco lances. Experimentamos tabuleiros de dez casas por dez e de dez casas por oito, concluindo que o último era preferível porque nele a luta corpo a corpo começava antes. [...] A maioria dos aficionados de xadrez sem dúvida continuaria a praticar o jogo comum e aceitaria a modificação de Capablanca a título de diversão. Tenho certeza, porém, de que muitos novos aficionados prefeririam o jogo mais breve que, pelo acréscimo de duas peças novas, certamente não perderia nada da fascinação do xadrez padronizado.
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Computadores
Na atualidade (2007), existem dois programas de computador que jogam o Xadrez de Capablanca, o ChessV e o SMIRF. Além destes, foi disponibilizado em abril de 2006 um conjunto de regras para jogar Xadrez de Capablanca no engenho Zillions of Games.
LASKER, Edward. História do Xadrez. Trad. Aydano Arruda. 2 ed. São Paulo : Ibrasa, 1999. (nota: a primeira edição desta obra foi publicada com o título The Adventure of Chess).
Programa para a prática do Xadrez de Capablanca, não necessitando instalação: apenas descompactar e executar o arquivo ChessV.exe no Windows (ainda não há versões para outros sistemas operacionais).