Volta a Portugal de 2015
A Volta a Portugal Liberty Seguros 2015 foi disputada entre 29 de Julho e 9 de Agosto, com a vitória final de Gustavo Veloso. O ciclista espanhol ganhou pela segunda vez consecutiva.[3] O espanhol dominou a prova,[4] estando constantemente entre os três primeiros de cada etapa (só falhou o «top 3» por três vezes). Em segundo ficou Jóni Brandão, que melhorou o quarto lugar de 2014, enquanto Alejandro Marque foi o terceiro. Quanto às "etapas-rainhas", Délio Fernandez ganhou na chegada à Torre (Serra da Estrela)[5] e Filipe Cardoso foi o mais forte no alto da Senhora da Graça (Mondim de Basto).[6] Entre o início da competição em Viseu e o final em Lisboa, os ciclistas percorreram um total de 1551.7 km.[7] Participaram 16 equipas, seis nacionais e 10 estrangeiras, a maioria com nove ciclistas (o pelotão teve, à partida, 137 ciclistas, dos quais apenas 107 concluíram a prova).[8] EquipasVer artigo principal: Lista de equipas e ciclistas da Volta a Portugal de 2015 A lista de equipas e ciclistas inscritos na Volta a Portugal 2015 não foi uma grande surpresa, com as seis principais formações nacionais, às quais se juntaram dez estrangeiras, todas da classe continental. Entre os ciclistas, além de nomes como Davide Viganò, estiveram os grandes candidatos ao triunfo - Gustavo Veloso, Alejandro Marque, Délio Fernandez e Rui Sousa, bem como ciclistas a ter em conta como Jóni Brandão ou Hernâni Brôco.[9] Na generalidade, o favoritismo foi confirmado nas posições finais, com Veloso a repetir o triunfo e Brandão a melhorar para o segundo lugar final (tinha sido quarto em 2014). Manuel Cardoso, candidato a vitórias ao sprint, e Ricardo Mestre, vencedor em 2011,[10] foram duas das desilusões maiores da Volta a Portugal 2015, ao estarem afastados das principais posições ao longo da prova.
EtapasNo percurso desta Volta a Portugal, destacam-se alguns regressos ao "mapa" da prova. Logo na primeira etapa em linha, Pinhel voltou a receber a Volta quase 30 anos depois, fazendo regressar Trás-os-Montes e o duro traçado inerente. A subida à Torre voltou a ser feita pelo lado da Covilhã,[11] que é a mais dura e mítica subida ao ponto mais alto de Portugal Continental, e Condeixa-a-Nova estreou-se no percurso da maior prova velocipédica portuguesa. Na última etapa, outro regresso ao percurso, o de Vila Franca de Xira, que estava ausente há 39 anos[12] e recebeu a partida para a 10ª tirada, que chegou a Lisboa.
Resumo da prova e ResultadosA Volta a Portugal de 2015 começou com um curto prólogo nas ruas de Viseu, com Gaetan Bille, belga, a levar de vencida sobre Gustavo Veloso, vencedor de 2014. A vantagem foi superior a dois segundos, que embora seja pequena, é algo considerável tendo em conta que o prólogo tem apenas pouco mais de sete minutos e 20 segundos de duração de percurso.[13] Na etapa seguinte, o belga manteve-se no comando da prova apesar da vitória de Vicente de Mateos, que daria início ao domínio espanhol (e latino) da prova. Na terceira tirada, primeira que terminou em altitude (na Serra do Larouco, segundo ponto mais alto de Portugal Continental), Délio Fernandez levou a melhor,[14][15] mas Gustavo Veloso assumiu o comando da Volta a Portugal depois de Gaetan Bille, anterior líder, ter passado por mais dificuldades nesta etapa.[16] Doravante, Veloso não mais perdeu a camisola amarela, apesar dos triunfos de outros ciclistas nas etapas seguintes: Davide Viganò (quarta etapa),[17] Filipe Cardoso (primeiro português a ganhar, numa subida que fez "sozinho" na frente ao alto da Senhora da Graça);[18] e José Gonçalves (na quinta etapa).[19] Na sexta tirada, a chegada a Oliveira de Azeméis foi polémica. José Gonçalves ganhou na estrada, ao ser mais rápido do que Gustavo Veloso no sprint final.[20] Contudo, os comissários acabaram por desclassificar o português por se desviar da trajectória, atribuindo a vitória a Veloso,[21] ainda que Gonçalves alega que o rival não estava a seu lado.[22] Depois do dia de descanso entre as etapas 6 e 7, foi a chegada ao alto da Torre, ponto mais alto de Portugal Continental na Serra da Estrela. Mais uma vez, os espanhóis dominaram, com Délio Fernandez a fazer uma boa subida para vencer, logo na frente do colega de equipa e compatriota Gustavo Veloso.[23] Jóni Brandão ficou em terceiro e consolidou essa posição da geral, depois de ter liderado durante grande parte dos 20km rumo ao topo da Serra da Estrela. Após a vitória de Eduard Prades ao sprint na oitava etapa,[24] Gustavo Veloso "arrasou" e superiorizou-se a todos no contra-relógio entre Praia do Pedrógão e Leiria,[25] assegurando a uma tirada do final o triunfo que parecia praticamente certo desde a segunda etapa de prova. Jóni Brandão conseguiu alcançar a segunda posição depois de um problema mecânico ter atrasado Délio Fernandez, que foi ainda ultrapassado por Alejandro Marque.[26] Na última etapa, numa já tradicional chegada à capital portuguesa (Lisboa), Matteo Maluccelli ganhou ao sprint, mas naturalmente sem tirar o destaque do dominador da edição 2015 da Volta a Portugal, Gustavo Veloso:[27] o espanhol só não terminou entre os três primeiros em três das 11 tiradas disputadas. Líderes por etapa e evolução das camisolasReferência: [28]
Referência: [29]
Referência: [30]
Referência: [31]
Referência: [32]
Referência: [33]
Referência: [34]
Referência: [35]
Referência: [36]
Referência: [37]
Referência: [38]
Classificação geral final
Polémica do número de ciclistasReferências
Ligações externas |