Vitória (Salvador)
A Vitória é um bairro de Salvador, capital do estado brasileiro da Bahia.[1] Formado basicamente pela classes média-alta e alta, está geograficamente posicionado junto ao declive que margeia a entrada da Baía de Todos os Santos. É um dos bairros com metro quadrado mais caro de Salvador.[2] A Vitória faz ligação entre a Cidade Velha de Salvador (o centro antigo) e a Barra, que dá início à orla marítima. Bairro tradicional, cuja ocupação rural data do fim do século XVI. Tornou-se na década de 1940 um dos pólos de concentração de artistas e intelectuais baianos, aspecto que se intensificou nos anos seguintes à fundação da Universidade da Bahia. Em menos de um quilômetro de extensão total, o Corredor da Vitória abriga o Museu de Arte da Bahia, o Museu Carlos Costa Pinto e o Museu Geológico da Bahia. A Vitória é uma das regiões urbanas mais valorizadas no Nordeste do Brasil. O bairro da Vitória é basicamente composto pelo Corredor da Vitória, trecho da avenida Sete de Setembro que vai do Largo da Vitória até o Campo Grande, ruas e vielas adjacentes. É vizinho dos bairros da Barra, Graça, Campo Grande e Canela. O trecho possui árvores centenárias, a maioria de oitis (espécie Licania Tormentoza), que também foram plantadas na Graça, Campo Grande e Forte de São Pedro. Na calçada do Solar Cunha Guedes destaca-se uma frondoza mangueira, que chama atenção pela largura do tronco, altura da árvore e extensão da copa. O Esporte Clube Vitória, um dos dois clubes populares de Salvador, ganhou esse nome porque foi fundado num casarão que se localizava onde hoje fica o Edifício Casablanca. HistóriaSeguindo o trajeto do antigo Caminho do Conselho, começa no topo da Ladeira da Barra, onde fica a Igreja de Nossa Senhora da Vitória (construída pelos portugueses no século XVI - daí o nome do bairro), na pequena praça Rodrigues Lima, popularmente chamada de Largo da Vitória, onde se encontra um busto que homenageia o ex-governador Rodrigues Lima; a partir daí a avenida é chamada de Corredor da Vitória, se estendendo por um trecho com pouco mais de um quilômetro de extensão e abrigando grandes equipamentos culturais da cidade de Salvador, assim como um patrimônio da arquitetura eclética dos séculos XIX e XX. Até o começo do século XIX era um subúrbio de Salvador, sendo ocupado a partir da segunda metade por enormes casarões com feições arquitetônicas distintas do então predominante estilo colonial, abrigando em parte a nascente aristocracia imperial que fugia das estreitas e acidentadas ruas do Centro Histórico, assim como comerciantes estrangeiros ingleses, franceses, espanhóis e italianos recém-chegados à cidade da Bahia, que se instalaram nesse trecho trazendo inovações construtivas baseadas nos princípios higienistas europeus, separando suas residências com recuos laterais, jardins e sanitários próprios. A partir do século XX, com o inchaço urbano e as transformações econômicas e sociais sofridas por Salvador, toda a área entra em um profundo processo de especulação imobiliária, pela verticalização (sendo ali construído o edifício Apolo XXVIII, durante décadas o mais alto da Capital), destruindo vários monumentos arquitetônicos. No final dos anos 80 ocorre a intervenção preservacionista, pela ocupação e destinação pública de várias da mansões. Contudo, até os dias atuais não existe uma lei de tombamento específico para o acervo local, deixando-o desprotegido contra o avanço da ocupação desordenada. DemografiaFoi listado como um dos bairros mais perigosos de Salvador, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Secretaria de Segurança Pública (SSP) divulgados no mapa da violência de bairro em bairro pelo jornal Correio em 2012.[3] Ficou entre os mais violentos em consequência da taxa de homicídios para cada cem mil habitantes por ano (com referência da ONU) ter alcançado o terceiro nível mais negativo, o "31-60", sendo um dos piores bairros na lista.[3] EdifíciosA Vitória é um dos metros quadrados mais elevados de Salvador. Alguns de seus edifícios possuem teleféricos e píers exclusivos para o mar. O bairro tem construções que estão entre as mais altas da Bahia, como o edifício Margarida Costa Pinto, de 148 metros de altura e 43 pavimentos, e a Morada dos Cardeais, com 137 metros de altura e 40 pavimentos. O bairro fica a aproximadamente 100 metros do nível do mar. O calçamento de pedra portuguesa das calçadas do Corredor da Vitória remonta à urbanização daquele trecho da avenida Sete no século XIX. As árvores seculares plantadas na via dão uma característica única a esta região de Salvador, com seus museus, centros culturais e palacetes. No Largo da Vitória fica a Igreja de Nossa Senhora da Vitória, tombada em outubro de 2007 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Na praça em frente à igreja há um busto em homenagem ao governador Rodrigues Lima. Ao lado da igreja, ao fundo, uma viela desce a encosta da Ladeira da Barra, onde estão fixadas as moradias de uma pequena comunidade, a Vila Brandão. É uma comunidade de pescadores, fundada pelo Pai de Santo Antonio de Oxala há 80 anos. Principais marcos
Bibliografia
Referências
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