Viação Pluma Internacional

Pluma Internacional
Viação Pluma Internacional
Razão social Pluma Conforto e Turismo S/A
Atividade Transportes
Fundação 10 de fevereiro de 1966 (58 anos)
sob o nome Viação Pluma
Encerramento 2019 (como Pluma Conforto e Turismo S/A)
2024 (parceria com a TransIsaak)
Sede Curitiba, Brasil
Área(s) servida(s) Brasil:
 Minas Gerais
 Paraná
 Rio de Janeiro
 Rio Grande do Sul
 Santa Catarina
 São Paulo
América do Sul:
 Argentina
 Chile
 Paraguai
Empregados 1300
Produtos Transporte Rodoviário de Passageiros
Turismo
Website oficial http://www.pluma.com.br

A Pluma Internacional, anteriormente conhecida como Pluma e cuja razão social é Pluma Conforto e Turismo S.A., foi uma empresa de transporte rodoviário de passageiros brasileira criada em 10 de fevereiro de 1966, em Curitiba, no Paraná.

A empresa originou-se da antiga Transportadora Galiotto, que por sua vez havia sido fundada em 1º de julho de 1954, na qual inicialmente trabalhava apenas transportando cargas. No ano de 1965, a Galiotto adquiriu a Empresa Boscatur, de Curitiba, em parceira com outra transportadora chamada Aurora. Com a aquisição, o grupo fundiu-se e se transformou na Pluma Conforto e Turismo S.A, em fevereiro de 1966. No ano de 2002, a Pluma passou a ser controlada por outro grupo acionário e mudou seu nome para Pluma Internacional, mudando sua logomarca.

Foi a primeira viação brasileira a realizar viagens internacionais, ligando Porto Alegre à cidade argentina de Buenos Aires, passando a oferecer posteriormente viagens para o Chile e Paraguai. A empresa opera principalmente na Região Sul do Brasil e em boa parte do Sudeste do país.

Em 2019, a empresa foi a falência, mas meses depois, foi feito uma reversão do processo e chegou ser afirmado uma parceira com a empresa TransIsaak, o que essa parceria foi em encerrada recentemente em agosto de 2024. E as operações da Pluma foram totalmente encerradas, e os administradores judiciais estão em esclarecimentos. A Pluma como uma grande história, foi uma importante operadora de ônibus no transporte rodoviário, mas apresentou dificuldades financeiras ao longo dos últimos anos.[1]

História

Antecedentes

Em 1º de julho do ano de 1954 foi fundada na cidade de Caxias do Sul a Transportadora Galiotto, que iniciou suas atividades com nove caminhões das marcas GMC Marítimo e Aclo-matador. Aos poucos a pequena transportadora foi crescendo, à medida que conseguia aumentar sua frota, chegando no auge com cinquenta e dois veículos.

Na década de 60, mesmo com a dificuldade que o Brasil enfrentava com o início do regime militar, a Galiotto seguia firmemente com suas atividades. No ano de 1965, quando a ponte de Passo do Socorro no Rio Pelotas caiu, praticamente isolando o Estado do Rio Grande do Sul do resto do país, a transportadora idealizou uma solução inteligente para contornar o problema e passar as suas cargas para o outro lado instalando no rio uma mangueira de borracha, com 600 metros de comprimento, utilizada para bombear o vinho transportado por seus caminhões da margem gaúcha para a catarinense, e assim seguir para o mercado paulista e carioca; no sentido contrário, bombeava o álcool trazido pelos caminhões tanques de São Paulo para o Sul. A operação levava cerca de três horas e meia para cada caminhão. Com isso, a empresa ganhou destaque na imprensa local por realizar tal técnica, que foi batizada informalmente de "vinhoduto".

Compra da Empresa Bocatur e criação da Pluma

Em novembro de 1965, a Galiotto se uniu com outra empresa transportadora chamada Aurora, para adquirir a Empresa Boscatur, de Curitiba. Em fevereiro do ano seguinte, as empresas se fundiram e criaram a Pluma Conforto e Turismo S.A, com sede na capital paranaense.

Pluma (1966-diante)

Antiga logomarca utilizada pela Pluma até 2004.

A nova empresa começou com 170 funcionários e 34 ônibus que operavam em três linhas: Curitiba-Porto Alegre, Curitiba-São Paulo, e Curitiba-Santa Maria (esta última passando por Passo Fundo).

Em 1971, a Pluma adquiriu a Expresso Porto Alegre Brasília Ltda, iniciando um episódio inédito na história dos transportes no Brasil ao operar a primeira linha de ônibus internacional no país, ligando a cidade gaúcha de Porto Alegre à capital argentina Buenos Aires. Dois anos depois, a empresa prolongou essa mesma linha até o Rio de Janeiro, passando por São Paulo. Em 1974, a viação começou a operar mais três linhas: Foz do Iguaçu-São Paulo, São Paulo-Assunção (no Paraguai) e Foz do Iguaçu-Assunção. Com o tempo, essas mesmas linhas foram ampliadas, diversificando ainda mais o pacote de destinos da Pluma.

No ano de 1978, a empresa começou operar a linha Rio de Janeiro/Santiago (Chile), uma das maiores linhas de ônibus rodoviários da América Latina na época, somando mais de 4 100 quilômetros.

Apesar do constante crescimento, a Pluma sofreu um episódio negativo em 1986, quando a sede administrativa em Curitiba sofreu um gravíssimo incêndio, que ficou completamente destruída, afetando também boa parte do setor de manutenção. Após o sinistro, a empresa construiu arduamente sua nova sede, que por conta de diversas dificuldades só ficou pronta em fevereiro de 1990.

Em 2002, a viação foi redirecionada a um novo grupo acionário. Com isso, a Pluma mudou sua logomarca e passou a utilizar o nome Pluma Internacional, no ano de 2004. Hoje a empresa atende seis estados brasileiros e também o Chile, Argentina e Paraguai.

Falência e vinda da Trans Isaak

Em 2015, a Pluma encontrava-se com saúde financeira instável e entrou com um pedido de recuperação judicial, sendo-lhe concedido em 2017[2]. Contudo, a empresa não teria cumprido corretamente os processos da recuperação e estava ainda sob suspeita de cometer irregularidades. Por esse motivo, em 27 de março de 2019, a juíza Mariana Gluszcynski Fowler Gusso, da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça do Paraná decretou a falência da empresa.[3] A decisão também determinou o fechamento da sede da viação e o encerramento imediato das atividades da Pluma.[2] No momento de seu fechamento, a empresa operava vinte e sete linhas, boa parte com veículos alugados de outras empresas, uma vez que a frota própria estava em condições inviáveis de rodagem. Em 2015, a Pluma havia transferido mais de vinte linhas para outras empresas concorrentes devido à sua crise.[2]

Contudo, graças a um recurso feito pela própria viação, a juíza Luciane Bortoleto da 18ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná suspendeu a falência da companhia no dia 2 de abril de 2019. Em sua defesa, a Pluma argumentou que possui condições de cumprir o plano de recuperação judicial e que possuia viabilidade econômica para realizar suas atividades.[4]

Desde março de 2019, a Pluma opera suas linhas remanescentes em conjunto com a empresa Trans Isaak.[5][6]

Referências

  1. Júlio Barboza, Júlio Barboza (22 de agosto de 2024). www.onibusetransporte.com https://onibusetransporte.com/2024/08/22/justica-decreta-falencia-da-pluma-conforto-e-turismo-s-a-e-encerra-operacoes-de-transporte/#:~:text=Com%20o%20decreto%20de%20fal%C3%AAncia,e%20Recupera%C3%A7%C3%A3o%20Judicial%20(LFRJ). Consultado em 22 de agosto de 2024. Cópia arquivada em 22 de agosto de 2024  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  2. a b c «Decretada a falência da Pluma». Ônibus Paraibanos. 28 de março de 2019. Consultado em 28 de março de 2019 
  3. Adamo Bazani (28 de março de 2019). «Justiça decreta falência da Pluma, uma das empresas de ônibus mais tradicionais do País». Diário do transporte. Consultado em 28 de março de 2019 
  4. Adamo Bazani (2 de abril de 2019). «Justiça suspende falência da Pluma». Diário do transporte. Consultado em 4 de abril de 2019 
  5. https://revistadoonibus.com/2019/03/29/trans-isaak-opera-linhas-da-pluma-ja-falida-ate-decisao-da-antt/
  6. https://onibusparaibanos.com/2019/03/28/trans-isaak-trazendo-o-melhor-para-operar-as-linhas-da-pluma/

Ligações externas