Verdilhão
Verdilhão-europeu[2], verdilhão-ocidental[3] ou verdilhão (Chloris chloris [4] ou Carduelis chloris) é uma pequena ave passeriforme da família Fringillidae. DescriçãoTem entre 14 e 16 cm de comprimento,[5][6][7] uma envergadura de cerca de 25 a 28 cm,[6][8] um peso de 15 a 31 g[8] e é similar em forma e tamanho ao tentilhão, com um corpo robusto e rechonchudo.[5][9] A coloração do macho é essencialmente verde, com as margens das asas nas primárias amarelas tal como os bordos externos da cauda e o uropígio.[9] As partes inferiores são amareladas com os flancos cinzentos, a cauda é cinzenta e preta com os bordos amarelos e as asas são também cinzentas com amarelo nas margens. As partes superiores são verde-oliva, a cabeça é esverdeada e as bochechas são cinzentas.[9] As fêmeas e os juvenis têm tons mais escuros, com tons de castanho no dorso e com riscas escuras no peito e dorso nos juvenis.[5] O bico é espesso e cónico, cor de carne.[9] DistribuiçãoOcorre na Europa, norte de África e sudoeste da Ásia. É essencialmente residente, embora algumas populações mais a norte possam migrar para sul. Esta ave também foi introduzida na Austrália, na Nova Zelândia e no Uruguai. (IUCN 2014) TaxonomiaO verdilhão é uma das várias espécies originalmente descritas por Linnaeus, em 1758, na 10ª edição da sua obra Systema Naturae, com o nome de Loxia chloris.[10] Análises filogenéticas recentes indicam que é parente próximo do Verdilhão-oriental (Chloris sinica) e do Verdilhão-de-peito-amarelo (Chloris spinoides), e que juntamente com o Verdilhão-de-cabeça-preta (Chloris ambigua) e o Verdilhão-do-vietname (Chloris monguilloti) pelo que foram integrados no género Chloris, recuperado, o que implicou uma revisão da taxonomia e das relações entre espécies, dividindo o género Carduelis.[4] [11] Consideram-se dez subespécies.[11][12] Subespécies e sua Distribuição:
EtimologiaChloris, "khloris" ou χλωρις (em lígua grega), de "khloros" ou χλωρος, significa amarelo-esverdeado, verde pálido ou pálido. HabitatA uma área de distribuição tão extensa, corresponde, pois, um habitat bastante variado. Podemos encontrar o verdilhão em bosques abertos e nas suas orlas, em zonas cobertas de mato e arbustos, em sebes, parques, jardins e terrenos cultivados.[8][9] Frequenta também pomares, bosques de coníferas, orlas das florestas, margens de cursos de água, prados e qualquer outra zona em que o acesso a sementes, frutos e insetos seja fácil.[7] É uma espécie residente, mas os pássaros mais a norte migram para sul, no inverno, dispersando-se por habitats variados, incluindo a orla marítima.[8][9] Adaptou-se bem à presença humana.[8] AlimentaçãoAlimenta-se basicamente de sementes, principalmente de Polygonaceae, de Asteraceae, de Rosaceae e de cereais, mas também sementes de diversas árvores e arbustos[7] (ulmeiro, tília, pinheiro). Consome também pequenos frutos, bagas, rebentos e pequenos insetos (na época de reprodução).[8][9] Gosta especialmente de sementes de girassol,[8] sendo um frequentador assíduo dos alimentadores de pássaros existentes em parques e jardins.[6] NidificaçãoA época de reprodução tem lugar entre meados de Abril e fins de Agosto.[9] O ninho é construído pela fêmea, num arbusto, trepadeira, árvore pequena,[9] ou numa conífera,[7] com raminhos, ervas secas, musgos forrado com raízes finas, fibras vegetais, pelos, penas e lã.[7][8][9] A fêmea põe entre 4 e 6 ovos,[6][7][8][9] azuis-claro ou esbranquiçados com pintas roxas ou violeta.[8] A incubação dura 13 a 14 dias, feita pela fêmea que é alimentado pelo macho.[8][9] Quando nascem as crias estão cobertas por uma penugem comprida e acinzentada.[8] Nos primeiros dias são alimentadas pelos pais com larvas de insetos e depois são alimentadas com uma pasta de sementes regurgitada.[8][9] Deixam o ninho com 17-18 dias.[9] As fêmeas fazem, por ano, duas a três posturas.[7][8] ComportamentoO verdilhão é uma ave solitária, mas fora do período de reprodução, no inverno, junta-se em bandos, que incluem pássaros de outras espécies.[9] No período de reprodução, o macho faz um voo ondulante, descrevendo círculos, com um batimento lento das asas, enquanto canta, para atrair a fêmea.[9] FilogeniaObtida por Arnaiz-Villena et al [13][14] e Zamora et al.[15] Galeria
Referências
Erro de citação: Elemento
Ligações externas
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