Vepesianos
Os Vepes ou Vepesianos são um povo fínico, falante da língua vepes que pertence ao ramo fínico das línguas urálicas. A auto designação desse povo em vários dialetos são vepslaine, bepslaane e (nos dialetos do norte e sudoeste do Lago Onega) lüdinik e lüdilaine. De acordo com o census de 2002, há 8,240 vepes na Rússia. Dos 281 vepes na Ucrânia, 11 são praticantes da língua vepes[2]. Atualmente, a maioria dos vepesianos falam fluentemente o russo e as novas gerações não falam, normalmente, a língua vepes. Por outro lado, os vepesianos ocidentais mantiveram a sua língua e cultura. GeografiaNo dia atuais, eles vivem nas áreas entre o Lago Ladoga, Lago Onega e Lago Beloye. Na República da Carélia Russa estão concentrados na antiga Paróquia Nacional Vepes (Vepsskaya natsionalnaya volost); no Oblast de Leningrado estão ao longo do Rio Oyat nos distritos de Podporozhsky e Lodeynopolsky, e mais ao sul nos distritos de Tikhvinsky, Vytegorsky, Babayevsky e Boksitogorsky[5]. HistóriaPré-históriaEstudos arqueológicos e lingüísticos sugerem que os vepesianos viviam nos vales dos rios Sheksna, Suda e Syas, desenvolvendo a partir da cultura proto-Vepesiana Kargopol para o leste do Lago Onega[6]. Eles provavelmente também viveram na Carélia do Leste e no norte da costa do Lago Onega. É possível que a menção mais antiga sobre os vepes date do século VI, quando o historiador godo Jordanes menciona um povo chamado Vasina broncas, que pode ter indicado os Vepes[7]. Uma das rotas orientais dos viquingues atravessava a área deles, e o povo biármio mencionados pelos viquingues como habitantes da costa do Mar Branco, podem ser os Vepes[8] Evidências em sepulturas demonstraram que eles tiveram contato com Velha Ladoga, a atual Finlândia e os Mérios, outra tribo fino-volgaica, e posteriormente com o Principado de Novgorod e outros estados russos. Com o tempo, eles se expandiram também para o leste e oeste do Onega. Período HistóricoNas antigas crônicas russas, eles eram conhecidos como "Весь" (Ves) e em algumas fontes árabes eles são chamados de Wisu. Desse modo, assume-se que os Biármios eram, em partes, Vepesianos. A partir do século XII, sua histórica se conecta com o primeiro Principado de Novgorod e, depois, com Muscovy. Os assentamentos russos alcançaram os Vepes do Onega no século XIV e XV[9]. Os vespesianos orientais na área de Kargopol fundiram-se linguisticamente com os russos já no século XX. Vespesianos somavam 25,607 indivíduos em 1897, sendo que em torno de 7 300 habitavam a Carélia do Leste. No início do século XX houve alguns sinais de um sentimento nacionalista entre os Vepes. Inicialmente as políticas nacionalistas soviéticas suportaram esse reação dos Vepes e 24 unidades administrativas foram formadas, com os status de vilas nacionais soviéticas. A alfabetização na língua Vespa e a educação se desenvolveram e sua cultura só começou a se reprimida em 1937. Todas as atividades nacionalistas Vepes foram interrompidas e os distritos nacionais foram abolidas. Quando a Finlândia invadiu a Carélia do Leste na Guerra da Continuação, alguns Vepes se juntaram ao Batalhão de Kindred no exército finlandês. Essas tropas foram renunciaram a União Soviética depois da guerra[9][10][11]. No período pós-guerra muitos dos Vepes se mudaram de suas vilas históricas para as cidades maiores e, muitos por sentirem vergonha de suas origens, se identificavam como russos para os census oficiais[5]. Em 1983, com a iniciativa de acadêmicos vepes, uma pesquisa foi realizada de forma mais minuciosa e revelou que havia em torno de 13,000 Vepes na União Soviética, 5,600 dos quais viviam na Carélia, 4,000 na região de Leningrado e em torno de 1,000 na região de Vologda[9]. Há uma cartilha Vepes - Abekirj - e outros livros escolares do nível fundamental foram publicado em Petrozavodsk em 1991. Kodima, o jornal Vepes é publicado desde 1993. A coluna rural Vepes foi formana na Carélia do Leste em 1994, abrangendo uma área de 8,200 km² e com 3,373 habitantes (sendo 42% Vepes). As autoridades da República da Carélia garantiram alguma autonomia orçamentária para a comunidade em 1996. A língua era ensinada como uma matéria em duas escolas, em Shyoltozero e Rybreka. No entanto, a recuperação cultural começou a diminuir na segunda metade de 1990 e as autoridades federais aboliram a sua autonomia em 2006. Atualmente, a novas gerações em sua maioria não falam mais a língua Vepes[11]. Ligações ExternasReferências
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