Velho BolchevistaVelho Bolchevista ou Velho bolchevique (russo: ста́рый большеви́к) era a denominação não-oficial dada a um membro do Partido Bolchevique antes da Revolução Russa de 1917. Trata-se de uma expressão atribuida aos integrantes da chamada Velha Guarda Bolchevique.[1] Este termo também foi utilizado como autodescrição pelos líderes do Partido Comunista que se opuseram principalmente a Trotsky, mas também outras lideranças revolucionárias, como por exemplo, Máximo Gorki, imediatamente após a Revolução de Outubro de 1917. Alude ao fato de que, até as vésperas do evento, Trotsky não era membro do Partido Bolchevique,[2] sendo liderança de um pequeno grupo independente, e tendo entrado no partido de Lenin, a convite deste, apenas no fim do primeiro semestre de 1917.[1] A maioria deles depois assassinada pela polícia política do regime comunista da URSS, a NKVD, durante os expurgos de Josef Stalin nos anos 1930 do século passado ou mortos em circunstâncias misteriosas.[1] O mais proeminente sobrevivente destes membros foi Vyacheslav Molotov, que viria a ser um líder político proeminente e Ministro das Relações Exteriores da União Soviética sob o regime de Stalin.[3] Muitos deles foram executados por traição após julgamentos teatrais, alguns foram enviados para campos de trabalhos forçados na Sibéria (os gulags)[1] e alguns poucos, como Alexandra Kollontai — que se tornou uma das primeiras embaixadoras do mundo servindo na Noruega nos anos 1920 — foram enviados para o exterior como embaixadores, de maneira que ficassem afastados do governo central.[4] De modo mais popular e informal, o termo Velho Bolchevista exprime o chamado bolchevista ou comunista da velha guarda, servindo principalmente para aqueles que se opuseram às idéias de Leon Trotsky logo após a Revolução Russa de 1917. Referências
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